Conforme Heitor Férrer, a empresa é a responsável pelas tuneladoras adquiridas pelo Governo do Estado para a construção da Linha Leste do metrô de Fortaleza e que “encontram-se em caixotes enferrujando e sem serventia”.

A empresa foi a vencedora da licitação para construção da Linha Leste e também é a produtora dos “tatuzões”.

Sobre a dívida do Estado com a empresa, Heitor explicou que são R$ 6 milhões, referentes à manutenção dos equipamentos. Essa manutenção, conforme observou, custa pouco mais de R$ 1 milhão mensal ao Estado. “O Estado, por sua vez, deu um calote na empresa, que abandonou a obra e agora cobra a dívida”, disse.

O deputado informou que as quatro tuneladoras adquiridas pelo Governo custaram R$ 137 milhões, algo em torno de US$ 66 milhões. “E ainda corremos o risco de um prejuízo de R$ 150 milhões caso essas tuneladoras não voltem a funcionar”, assinalou. Ele disse ainda que essa aquisição foi uma “gracinha” feita pelo ex-governador Cid Gomes, quando a obra da Linha Leste do metrô “ainda nem havia sido licitada”.

Em aparte, o deputado Agenor Neto (PMDB) disse que é uma situação lamentável. Ele comparou a situação exposta anteriormente pela deputada Dra. Silvana (PMDB), quando esta anunciou a morte de uma pessoa em um hospital público de Maracanaú. “Quantas pessoas morrem por dia porque o Estado não tem dinheiro, ou pelo menos diz não ter na hora de comprar equipamentos para nossos hospitais?”, questionou.

O peemedebista ressaltou também sua constante cobrança por R$ 3 milhões a mais no custeio do Hospital Regional de Iguatu. “O valor de R$ 3 milhões beneficiaria a saúde de toda uma região. Esses R$ 150 milhões de prejuízo que teremos poderiam nos fortalecer por, pelo menos, 50 anos”, disse.

Já o deputado Capitão Wagner (PR) observou que o governador Camilo Santana ainda tem a chance de reparar os erros de Cid Gomes. “Ele pode colocar essas tuneladoras para funcionar, retomando a obra, ou vendê-las”, sugeriu.

PE/AT