Segundo o parlamentar, o Brasil ainda amarga a ausência de um projeto de governo transformador. “O que vemos é a disputa crua pelo poder do Estado. Não há de se espantar, nesse rito de impeachment, pois o PT, ao longo dos anos, aliou-se com raposas velhas do crime político. Ao chegar ao poder, ele deveria ter feito a reforma tributária, a reforma política, mas não. As palavras que Lula ecoava em 2003 eram palavras de conciliação, e não é possível transformar sem romper”, afirmou.
Roseno salientou que concorda com o deputado Dr. Santana (PT) quando este afirma que Michel Temer usa as vestes de um traidor e que o presidente da Câmara não tem moral para conduzir o processo de impeachment, mas que o Partido dos Trabalhadores se aliou ao PMDB sabendo de sua história política.
“O que falta é uma organização social e política de massas que possa gerar um terceiro campo, e, dialogando com o desejo legítimo e sincero da população por transformações, consiga fazer ver que nem a continuidade dessa agenda econômica de Dilma e nem a ponte para o passado com Michel Temer são saídas para as melhorias sociais”, afirmou o deputado.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) afirmou que não defende a presidente Dilma Rousseff, mas que o processo de impeachment, da forma como está sendo conduzido, vai contra o que diz o estado democrático de direito. Para o deputado Moisés Braz (PT), o impeachment trata-se de uma disputa pelo poder.
LA/CG