“No dia 17/04, o massacre de Eldorado dos Carajás completa 20 anos. Chegamos ao século XXI, somos a sétima economia do mundo e até hoje nossos camponeses, indígenas, quilombolas, pessoas que trabalham no campo são massacrados. E esta edição da "Conflitos no Campo do Brasil" fará o Brasil reconhecer essa vergonha”, informou o parlamentar.
De acordo com Roseno, em 2016, dois sem-terra foram assassinados no Paraná, durante uma ação ilegal da Polícia Militar articulada com proprietários de terras. Já em 2015, foram 50 pessoas mortas em conflitos no campo. “Conflitos no campo marcam cinco séculos, com a violência sendo utilizada para deter a democratização do acesso à terra. Nós nem chegamos à metade de 2016 e já tivemos mais conflitos no Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Paraná”, criticou.
Para o deputado, o Brasil nunca será um país democrático enquanto aqueles que quiserem permanecer nas suas terras não tiverem suas garantias.
“Nosso passado ainda é presente, pois nossa economia não consegue democratizar o acesso à terra. A reforma agrária, que deveria proteger as pessoas do campo, é desprezada pela incompetência do Governo Federal. Dilma conseguiu ser muito pior que Fernando Henrique em matéria de reforma agrária. E quando os direitos não são respeitados, explode a violência”, opinou Renato Roseno.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) reforçou seu repúdio à violência no campo e afirmou que a luta pelos direitos das pessoas do campo não pode ser deixada de lado.
LA/CG