“É importante que o País, que tem uma história recente de ditadura - e sabemos a crueldade de um regime ditatorial - lembre-se do que sofremos com a restrição de liberdade e vá para as ruas para dizer que o nosso voto tem de ser respeitado. Foi a duras penas que chegamos até aqui na construção de nossa democracia, e não abriremos mão dela. O povo vai para a rua dizer não ao golpe e sim aos direitos sociais conquistados”, assinalou.
A parlamentar frisou que quem não está satisfeito com o Governo legitimamente eleito pelo povo que aguarde as próximas eleições. “A disputa de poder deve ser feita nas ruas. Não há nenhum crime cometido pela presidente Dilma. Portanto, nada fundamenta o impeachment. Que a disputa de poder seja voto, e não através de um golpe.”
De acordo com Rachel Marques, há uma reação de juristas, de democratas e da academia contra o golpe que alguns setores descontentes engendram nesse momento. “Novos partidos e entidades também estão se somando ao movimento pela democracia. Cresce o sentimento de defesa das conquistas democráticas”, acrescentou.
Rachel Marques também abordou o Dia da Árvore, celebrado na última semana de março, pelo Governo do Estado. Ela revelou que Camilo Santana anunciou uma série de medidas, como o reflorestamento em diversos pontos do Estado, e inaugurou equipamentos no Parque do Cocó, em parceria com a Cagece, Semace, Prefeitura de Fortaleza e o Incra.
Também foi assinado o projeto de valorização das espécies vegetais nativas, que vai abranger reflorestamento de áreas em torno das nascentes, matas ciliares e topos de morros localizados nas bacias hidrográficas do Estado. A data foi marcada ainda pela reinauguração do passeio de barcos no rio Cocó.
O deputado Zé Ailton Brasil (PP), em aparte, adiantou que hoje, às 17h30, no Crato, haverá concentração em defesa da democracia e contra o impeachment.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) disse que vai se somar a essa caminhada. “Nós do PCdoB estaremos todos juntos, às 15h, na Praça da Bandeira. A gente não pode ver tudo isso acontecer e fingir que não está havendo nada contra a maioria da população que colocou a Dilma no poder”.
O deputado Renato Roseno (Psol) salientou que faz oposição ao Governo Dilma, pela sua política econômica. Porém, salientou que quaisquer saídas da atual crise devem ser ampliando o poder popular, e não promovendo restrições, como alguns setores querem. Ele lembrou ainda que há uma confusão na população em relação ao pedido de impeachment, que pensa que a presidente está implicada na operação Lava Jato, quando isso não é verdade. Apontou ainda que irá participar da manifestação pública. “Lutar pela democracia não é apoiar o Governo”, salientou.
Também se manifestaram os deputados Odilon Aguiar (PMB) e a Dra. Silvana (PMDB), que saudaram o deputado Fernando Hugo (PP), hoje homenageado com uma placa comemorativa por ter sido presidente da Comissão de Defesa do Consumidor.
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