Deputados estaduais cearenses vão visitar, mais uma vez, as obras da Transposição das Águas do Rio São Francisco para averiguar se as intervenções feitas na região serão concluídas a tempo de levar água para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os parlamentares estão preocupados com a pouca capacidade do Açude Castanhão e disseram que, se nada for feito até o início do próximo ano, a região pode sofrer um colapso.   >Vereadores vão ao Açude Castanhão   A frente parlamentar formada por seis deputados foi solicitada pela oposição e aprovada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (PROS), na última terça-feira, e tem como objetivo verificar o andamento da obra e solicitar agilidade para conclusão das intervenções. Carlos Matos, Fernanda Pessoa, Zé Ailton Brasil, Moisés Braz, Roberto Mesquita e Leonardo Pinheiro estão entre os parlamentares que devem ir até o local das obras. Carlos Matos (PSDB), um dos autores do pedido de uma comissão para visitar as obras, alerta ser preciso estar atento ao calendário de entrega das obras para não comprometer a conclusão. "Se assim o for, teremos que ter um plano B. Como vamos lidar com 2017 sem a Transposição? Porque certamente teremos um colapso até março do próximo ano com o Castanhão com menos de 10% de sua capacidade e a quadra chuvosa com possibilidade de ficar abaixo da média".   Segundo ele, as primeiras visitas serão nas obras do São Francisco e, em um segundo momento, do Cinturão das Águas, iniciativa do Governo do Estado. O deputado Zé Ailton Brasil (PP) disse que se reuniu com o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, e ele confirmou que as obras da Transposição continuam em ritmo normalizado e as águas devem chegar até o município de Jati, alegando que não houve interrupção de repasses federais à obra, ao contrário do que, segundo o deputado, ocorreu ao Cinturão das Águas.   Término   Leonardo Pinheiro (PSD) lembrou da importância da obra para o Ceará, considerando o abastecimento da RMF, já que o Castanhão está com menos de 10% de sua capacidade. "O que vai garantir recursos hídricos para as famílias é a Transposição do São Francisco", ressaltou. Ele é otimista quanto ao término da obra até o segundo semestre, pois aponta que quase 90% dos serviços já foram realizados.   A deputada Fernanda Pessoa (PR) reclamou que muito dinheiro foi gasto na obra, avaliando como inaceitável mais um adiamento para a entrega do equipamento. "Estamos fazendo nossa parte para ver se o dinheiro público não está indo para o ralo".