Leonardo Araújo frisou que, em todos os 5.570 municípios do País, há a parceria entre estados e as prefeituras. Porém, em todo o País, apenas Pacatuba está devolvendo os agentes de saúde, que são pagos pelo Governo do Estado. “Estou preocupado, por isso irei fazer um contato com a Secretaria de Saúde do Estado, para saber como esse impasse será tratado", disse.
De acordo com o deputado, Pacatuba possui 115 agentes, 65 destes custeados pelo Estado. “Além da cessão dos profissionais, o município recebe ainda ajuda de custo de R$ 70 mil/mês para custeio de gratificações, de até 50% do salário dos agentes”, disse.
Mesmo com esses repasses, segundo o peemedebista, foram cortados os incentivos para a categoria, pelo Executivo municipal. Também foi suspensa a distribuição de protetor solar e fardamento. “Nada está sendo fornecido aos profissionais pela prefeitura”, criticou.
Na avaliação de Leonardo Araújo, está acontecendo uma retaliação política contra a categoria, porque ela está cobrando os seus direitos. “A lei determina que os agentes prestem serviços em suas localidades. É essencial que tentemos solucionar esse impasse, senão a sociedade de Pacatuba estará irremediavelmente prejudicada”, avaliou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) disse que na gestão atual de Pacatuba sucede uma administração que colocou a cidade na rota do desenvolvimento, porém não está gerindo com a mesma qualidade. “Fico abismado com a falta de talento existente na atual administração. É inconcebível ver um gestor de uma cidade, que tem carência em várias áreas, devolver agentes ao Estado por birra, porque os agentes estão cobrando direitos”, pontuou.
O deputado Heitor Férrer (PSB) disse que os agentes de saúde fizeram a diferença na saúde pública do estado do Ceará. “A devolução é desrespeito à população”. O socialista sugeriu a formação de uma comissão de deputados para ir ao Secretário de Saúde do Estado e saber como a crise será sanada. “Isso é apenas um comportamento pequeno de quem quer retaliar os trabalhadores prejudicando toda a sociedade”, disse.
O deputado Fernando Hugo (SD) avaliou que a ação do prefeito é “algo esquizofrênico”. Ele aconselhou a recorrer à procuradora Isabel Porto, da Promotoria de Defesa da Saúde Pública, para intervir na questão.
JS/CG