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Comitê busca definir ações de enfrentamento aos crimes contra adolescentes - QR Code Friendly
Segunda, 22 Fevereiro 2016 04:43

Comitê busca definir ações de enfrentamento aos crimes contra adolescentes

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No dia 13 de junho 2014, no Conjunto Palmeiras, o adolescente W. A, 17 anos, foi morto a bala. Ele e mais 1.790 jovens foram assassinados no Ceará entre os anos de 2014 e 2015, conforme a Secretaria da Segurança Pública No dia 13 de junho 2014, no Conjunto Palmeiras, o adolescente W. A, 17 anos, foi morto a bala. Ele e mais 1.790 jovens foram assassinados no Ceará entre os anos de 2014 e 2015, conforme a Secretaria da Segurança Pública ( FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES )
Nos anos de 2014 e 2015, 1.791 adolescentes foram assassinados no Ceará, segundo dados da Secretaria Pública da Segurança e Defesa Social (SSPDS). O número equivale a 74 jovens mortos por mês no Estado. A maioria das mortes é por armas de fogo.   Os dados demonstram o grau de vulnerabilidade e violência que os jovens estão expostos no cotidiano. Apesar de as autoridades da Segurança Pública do Ceará comemorarem a redução do número de homicídios nos últimos meses, o Estado ainda apresenta uma das maiores taxas de assassinatos de adolescentes no País, segundo o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA).   > Pesquisa será feita com 400 famílias   A temática acentuou uma importante discussão na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, que resultou na criação do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência. O comitê, que será coordenado pelo Unicef, tem por objetivo traçar os perfis de meninos e meninas, entre 10 e 19 anos, vítimas e autores de homicídios.   O Ceará é o terceiro estado brasileiro com maior IHA. A situação é ainda mais preocupante se for considerado apenas dados de Fortaleza, que lidera entre as capitais brasileiras. O estudo apontou que para cada mil adolescentes que chegam aos 12 anos, cerca de 10 deles são mortos antes de completar 19 anos.   Uma dessas vítimas foi o adolescente O. S, assassinado em 2014, aos 16 anos. O perfil do garoto é semelhante ao de muitos outros meninos e meninas que acabam vítimas da relação com o mundo dos crimes.   Nascido na Favela do Urubu, na periferia de Fortaleza, O. S cresceu com a avó no bairro Bom Jardim. Ainda criança abandonou a escola na 4ª série, deixando para trás a educação para se envolver cedo com o álcool e outras drogas. Daí para o furto demorou apenas três anos. O resultado desta curta trajetória de vida foi trágico, terminando em mais uma morte. Aos 16 anos, o garoto foi executados a tiros no Bom Jardim.   Conforme Rui Aguiar, chefe do escritório do Unicef no Ceará, o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência irá pontuar detalhadamente essas trajetórias de vida, tanto dos adolescentes que são vítimas, quanto dos jovens autores de assassinatos.   "O projeto nasce com o propósito de identificar problemas relacionados à vida privada e institucional desses jovens. Como, por exemplo, onde nasceu, se estudou, com quem morou e como foi a infância em sua localidade. Em posse dessas informações vamos conseguir identificar os problemas e desenhar as ações, que, posteriormente, deverão ser implementadas pelo Governo", informou chefe do Unicef no Ceará.   O presidente do Comitê, deputado Ivo Gomes, lembrou que as mortes desses meninos e meninas parecem estar naturalizadas, banalizadas, como algo que não choca mais a população. "Nós não podemos encarar essa realidade como algo natural. Temos que dar a nossa contribuição. Esse Comitê se propõe a trazer algo novo e tentará fugir das hipóteses do senso comum para o problema".      
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