Para o parlamentar, o dado levantado em pesquisa realizada pelo Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece) é alarmante.
Fernando Hugo informou que vai propor ao secretário de Educação do Estado, Maurício Holanda, que “converse com todos os secretários municipais para que uma medida seja tomada”.
De acordo com o deputado, a educação deveria ser pauta primordial das discussões em plenário. “Como se pode admitir que, com tantos benefícios que a educação tem, como fundos específicos criados para esse setor, a educação ainda siga uma rota tão nebulosa como essa?”, questionou.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) lembrou que a Assembleia Legislativa aprovou, no ano passado, a ampliação do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), contemplando estudantes do quinto e nono ano do ensino fundamental.
Essa ampliação, conforme observou a petista, “possibilitará um maior acompanhamento do desempenho dos estudantes por parte do Estado. "Esperamos que no próximo ano esses índices já sejam melhores”, disse.
O deputado Carlos Matos (PSDB) considerou que o Estado “vem comemorando pequenos avanços em cima de absurdos”. “Celebra-se um avanço mínimo em algum setor, o que é correto, mas o que há para comemorar quando 40% dos estudantes da rede pública não sabem ler ou, se sabem, não entendem o que leem?”, considerou.
Ele também propôs que Fernando Hugo sugerisse uma lei em homenagem ao ex-deputado Welington Landim, inspirada no sistema educacional do município de Brejo Santo. “Brejo Santo é uma das dez cidades com melhor educação do Brasil. Acho que, em vez de colocar o nome de Welington Landim em um prédio, uma lei que contemplasse a educação cearense seria uma homenagem muito mais interessante”, assinalou.
PE/AT