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Tucano defende gestão com participação popular - QR Code Friendly
Terça, 29 Dezembro 2015 05:44

Tucano defende gestão com participação popular

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  Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado, o deputado Carlos Matos (PSDB) reportou-se sobre o atual momento da política brasileira, avaliando, por exemplo, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. O tucano defendeu que diante de todos os escândalos de corrupção e da atuação da presidente Dilma Rousseff, faz-se necessário o Brasil ter uma democracia sustentada na participação popular, e em uma consciência política maior por parte da sociedade. Matos analisou ainda o primeiro ano de gestão do governador Camilo Santana (PT), o seu primeiro ano de mandato na Assembleia Legislativa e falou como andam as articulações tucanas para as eleições de 2016, referentes a Fortaleza. Como o PSDB analisa esse momento político do Brasil? O líder do Governo na Câmara Federal, deputado José Nobre Guimarães, aponta que a crise foi fabricada pela oposição. Como os tucanos recepcionaram esta informação? Em cima de fatos concretos, a presidente da República, Dilma Rousseff deu uma pedalada fiscal de R$ 50 bilhões. Isso nunca aconteceu no Brasil. A Lei de Responsabilidade Fiscal não foi cumprida. Pela primeira vez se mandou um orçamento para a Casa já com déficit. Além de tudo isso, ela desrespeitou a Constituição ao aprovar novos créditos e falsear um financiamento que não foi colocado na contabilidade dos bancos públicos e do Governo. Aliás, foi colocado nos bancos públicos, mas o Governo não assimilou. Tudo isso levaria a um impeachment de qualquer presidente. Uma presidente que acabou de assumir não pode nem culpar o antecessor porque ela governou antes por quatro anos; e querer transferir para a oposição a culpa pelo que está acontecendo é uma imaturidade e querer fazer a sociedade de boba. A mentira, de tanto ela ser repetida, ela se torna verdade, mas eles estão ficando ridículos ao repetir a mentira e querer transferir a culpa para terceiros. A melhor coisa que poderia ser feita para quem comete um erro com essa gravidade ou é renunciar ou pedir desculpa ao País e dizer como vai corrigir. Então o País vive o caos, o desgoverno, a falta de confiança, porque as pessoas querem negar o que está acontecendo como se não estivesse no mandato. O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deve realinhar a economia do Brasil? Qual são as suas perspectivas? A nomeação de um novo ministro confirma aquilo que tem sido feito e tem sido uma marca dos governos de esquerda e do PT. Entre uma pessoa competente que vai resolver o problema e um companheiro e um amigo de casa para eles fazerem o que querem, eles preferem o companheiro e o amigo de casa. O ministro está exatamente reproduzindo isso. Nós vimos a confiança que a nação depositava no ministro Levy, que tinha capacidade técnica, habilidade e que não teve a menor condição de fazer o trabalho. Levy não recebeu confiança da própria presidente da República, teve como maior inimigo o próprio PT. Nós estamos vivendo um problema técnico acima de tudo, porque o viés tecnológico, intelectuais do PT e de esquerda levaram com voluntarismo e quebraram o País. É preciso reestabelecer esse quadro e, para isso, é preciso alguém de capacidade técnica. O Nelson Barbosa teve uma grande participação nessas pedaladas que o Governo está efetuando, não tem senso da responsabilidade fiscal. No final das contas, sobra para a população: a inflação de dois dígitos, crescimento negativo de 4% do PIB, desemprego nos dois dígitos, esse tipo de resultado é tudo que se não quer de uma economia. Agora, dizer que a oposição é culpada é cara de pau, não tem outra expressão nessa altura do campeonato. Acho que nós estamos precisando ter uma democracia sustentada na participação popular, sustentada em uma maior consciência política do brasileiro. Então, diante desse cenário, como vê o ano de 2016 para a política brasileira? Na visão de economistas renomados como Mansueto Almeida, que é um economista cearense, até abril vai piorar, ainda não chegamos ao fim do poço. Porque aponta-se que o ajuste fiscal não foi feito, foi postergado. Estamos em um momento delicado da economia, momento grave, mas eu gosto muito quando a verdade começa a aparecer, quando tudo ganha a possibilidade de ficar transparente aos olhos do dia, quando vem à tona a corrupção que o Governo se envolveu. Sobre o impeachment, a minha opinião é de que não houvesse, mas não podemos ferir as instituições, não podemos fechar aos olhos para o desrespeito à Constituição. Acho muito casuísmo ficar discutindo se haverá ou não impeachment em função de quem vai assumir ou não. Como vamos ficar? Em um país da impunidade? O povo brasileiro deve refletir acima dos erros e acertos. Quem votou na presidente Dilma? De quem ela teve a maior aprovação? Quem votou deve estar refletindo. Sobre a política local, como avalia esse primeiro ano do governo de Camilo Santana? Vejo com ressalvas a política de segurança pública. O Estado triplicou a sua taxa de homicídios nos últimos 10 anos. É o mesmo projeto político do último governo. Não posso me contentar que, ao chegar ao final do primeiro ano, e dizer que melhorou incrementalmente em função de algumas vidas terem sido salvas. E as outras que foram perdidas? Então, não sinto segurança de que se vai se reduzir para a metade como aconteceu em Pernambuco. CARLOS MATOS (2) Na área de educação, por exemplo, nós avançamos ao compararmos com os outros estados, mas, em todo o Brasil, a educação está muito mal, temos que dar um choque. Com relação à economia, me questiono sobre as apostas que o Ceará faz. Algumas são furadas. Cadê a refinaria? Soa até mal aos meus ouvidos, toda essa siderúrgica que vai ser construída vai ser para exportação. E ai, os governantes falam que vai se instalar um polo automobilístico a partir da Siderúrgica, não tem nada a ver. Nem precisa da Siderúrgica para montar o polo automobilístico, nem siderúrgica vai produzir um quilo de chapa para produzir automóvel. E depois, eu vejo que não tem política para os jovens, inovação. Estamos com a economia atrasada, olhando para trás. Vejo um governador bem intencionado, sério, não vejo desvios, não vejo escândalos, vejo que Camilo é um homem de bom trato, educado, de bom diálogo, mas não sei se isso será suficiente. Acho que ele vai ter que dar uma batida mais forte, tendo em vista esse momento delicado que o País passa. Como será nas outras áreas? A crise hídrica, o que foi feito? Será se em 2016, nós vamos ter um colapso em Fortaleza? Não temos uma medida de dessalinização da água do mar, não temos uma medida mais concreta. Infraestrutura? O que vamos ter para alavancar a economia do Ceará? Quais são os novos segmentos de inovação que o Ceará está apostando. Nada disso vejo com clareza. O senhor está entre os deputados estreantes da Assembleia Legislativa. Qual a avaliação sobre o primeiro ano de mandato? Eu fiz uma opção perigosa, mas, na minha visão, é a única que cabe a um político. Eu não acredito que alguém que se dedique apenas a um tema, ele tenha a visão integral da política e do desenvolvimento. Então, foi desafiante, porque estou praticamente tocando os quatros eixos estratégicos. Interessa-me muito o desenvolvimento do Ceará com a inclusão dos pobres, me interessa muito discutir a qualidade do serviço público, aprofundei todo o estudo sobre a saúde, criei um movimento Inovasaúde, mobilizando a sociedade para discutir e trazer a saúde para a pauta do dia. e podermos ter a confiança de que o Estado vai dar a resposta mínima que se espera. Terei de discutir educação, segurança pública, o ambiente de negócios. Também me interessa discutir os valores humanos, a toda uma agenda de esquerda destruindo a família, toda uma agenda de esquerda querendo tirar a autoridade dos pais sobre os próprios filhos. Eu serei uma voz contra tudo isso. Como o PSDB a nível de Fortaleza está se articulando para as eleições de 2016? O seu nome é cotado para disputar pelo PSDB. Como andam as conversas? Nos não descartamos alianças. Estamos discutindo esse projeto para Fortaleza. Existe parte do PSDB que defende uma candidatura própria, porque a dimensão que o partido tem, com a possibilidade de governar o Brasil em 2018, é estratégico que em Fortaleza nós tenhamos um nome para defendermos. Há um outro grupo que acha que nós devemos dialogar, e nós estamos fazendo isso: dialogando com outros partidos e outros candidatos porque, se nós conseguimos negociar uma agenda que possa nos dar confiança de que nós podemos enxergar uma mudança de como Fortaleza vem sendo governada, nós vamos nos aliar e ter, talvez, uma maior chance de vitória. Glossário Pedalada fiscal – A pedalada fiscal” foi o nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias, como o INSS. O objetivo do Tesouro e do Ministério da Fazenda era melhorar artificialmente as contas federais. Ao deixar de transferir o dinheiro, o governo apresentava todos os meses despesas menores do que elas deveriam ser na prática e, assim, ludibriava o mercado financeiro e especialistas em contas públicas. Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo na Constituição. A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem-se desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar. Rochana LyvianDa Redação
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