Há onze meses para pleito municipal, os partidos já se articulam para entrar com força na disputa. É o caso do DEM, que deve disputar novamente a Prefeitura de Fortaleza. A possibilidade já demanda discussões internas na legenda, que tem de decidir se continua junto ao Governo ou lança candidatura própria. Segundo ressalta o deputado federal e presidente regional do partido, Moroni Torgan, a sigla se prepara para disputar as prefeituras de alguns municípios, assim como o Legislativo. A surpresa, porém, deve ficar por conta de Fortaleza, onde o partido deve participar “ativamente”. Moroni não fala em rompimento nem usa o termo de “oposição” à gestão Roberto Cláudio, mas destaca que entregará os cargos, caso a legenda decida lançar candidatura própria em 2016. Segundo ele, atualmente, a sigla faz parte da bancada de sustentação, mas não existe nada acertado sobre apoio à sua reeleição, logo porque, de acordo com o parlamentar, ´”é outro momento”, fazendo referência à disputa do próximo ano. moroni torgan - stille (1) Moroni, porém, não afastou uma possibilidade de apoio num possível segundo turno entre as legendas. “Vamos estudar todas as posições com muito carinho e dedicação, mas já podemos adiantar que o DEM vai disputar a chefia da capital cearense”, disse. Nas eleições de 2012, Moroni por pouco não chegou ao segundo turno, ficando logo atrás do hoje prefeito Roberto Cláudio, ainda de Elmano de Freitas (PT) e Heitor Férrer, hoje no PSB. O democrata teve 172 mil votos (13% do total válido) e ficou na quarta posição. Moroni, por enquanto, afirma que nomes não estão em discussão. Segundo o representante dos Democratas, o nome do prefeiturável será escolhido de acordo com as pesquisas de opinião em março do ano que vem, inclusive com a possibilidade de novamente concorrer ao cargo. Com 277.774 votos, Moroni foi o deputado federal mais votado do Ceará, voltando assim à cena política cearense. Eduardo Cunha Ao comentar sobre situação de Eduardo Cunha, Moroni disse que o peemedebista é “responsável” pela maior crise política no Congresso, prejudicando, principalmente, a camada mais pobre da população. “O deputado Eduardo Cunha tem que deixar o cargo pela renúncia ou por outro meio, porque ele, pelo fez e está sendo provado, não tem mais condição de comandar a Câmara Federal, cujo presidente, na linha sucessória federal, é o número três”, opinou, acrescentando que as provas existentes contra Cunha dificultam sua permanência no cargo. Impeachment Moroni defendeu ainda o impeachment da presidente Dilma Rousseff, porque, segundo ele, a petista cometeu alguns atos de irregularidades. “Eu sou a favor do impeachment contra a presidente Dilma, porque a continuação dela no cargo, pelo mal que fez à economia, vai botar o Brasil no fundo do poço das dificuldades e isso já está acontecendo, porque o crescimento continua negativo”, alertou. Lembrando que a Presidente fez “as pedaladas e também tem culpa na compra, em 2006, de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos.