A obra de construção do Centro de Convenções de Iguatu está 96% concluída e só não foi finalizada porque o Governo do Estado ainda não assinou o aditivo de prazo à Prefeitura para o pagamento ser repassado à construtora. A informação é do deputado Agenor Neto (PMDB) e foi novamente repassada aos parlamentares durante a sessão de ontem na Assembleia Legislativa.
Segundo Agenor Neto, a obra foi conveniada com o Estado em 2010 e está paralisada porque desde dezembro existe o pedido de aditivo de prazo. Ele informou que o Estado, no ano passado, fez o pagamento da última parcela do convênio, mas agora falta o aditivo de prazo para que a Prefeitura faça o repasse para a empresa. "A prefeitura não pode pagar a empresa com o convênio vencido desde dezembro do ano passado. Minha maior preocupação é porque, pela Lei, ele deve ser atualizado até o próximo mês de dezembro", contou.
O deputado, que já foi prefeito de Iguatu, disse que há meses procurou os líderes do governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT) e Júlio César (PTN), e eles teriam buscado respostas, sem êxito. "No dia em que o secretário do Planejamento e Gestão, Hugo Figueiredo, apresentou o PPA (Plano Plurianual), em 30 de setembro, na Assembleia, eu coloquei a situação para ele, que ficou de dar a resposta e até agora nada", relatou. Agenor contou que também conversou com outros secretários.
Turismo
Agenor Neto afirmou que o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB) teria dito que o governador Camilo Santana garantiu que o secretário de Turismo, Arialdo Pinho, assinaria o aditamento, mas o prefeito Aderilo Alcântara não chegou nem a ser recebido pelo gestor. "A secretária adjunta recebeu o prefeito e disse que não poderia renovar o convênio, mesmo tendo o parecer favorável da PGE. Vamos ficar com um elefante branco enquanto o Centro de Convenções poderia estar garantindo renda para a cidade", criticou.
O deputado Elmano Freitas (PT) disse ser inadmissível uma cidade ser prejudicada devido a um simples aditamento. "Espero que o governador chame o secretário à razoabilidade e solucione esse absurdo. Não se pode deixar que uma obra fique inconclusa dessa forma", avaliou.
O deputado Joaquim Noronha (PP) lamentou que um secretário não atenda um simples pedido de um parlamentar. Já o deputado Capitão Wagner (PR) afirmou que a postura do secretário de querer prejudicar um Município não é cabível.
"Enquanto vemos hospitais regionais agonizando, especificamente no Centro-sul, o Governo do Estado repassa 390 mil reais por mês para o hospital de Iguatu. Já para o hospital de Sobral o repasse mensal chega a quase 12 milhões de reais", observou o deputado Agenor Neto. "Será que estamos pedindo muito, quando queremos apenas 8% do que é repassado para Sobral?", questionou o parlamentar.