A ideia, conforme explicou, é que os parlamentares possam fiscalizar e destacar, mensalmente, o andamento das obras de transposição do rio São Francisco e do Cinturão das Águas. Segundo ele, a obra de transposição tinha o término previsto para setembro, mas ainda não foi concluída, enquanto a obra do Cinturão das Águas encontra-se paralisada.
O parlamentar comentou o anúncio feito pela Cagece de que a oferta de água para Fortaleza será reduzida em até 10%. “Perfila-se um racionamento de água, assim como a pior seca em 50 anos para o ano que vem, e nós ainda não conseguimos resolver a questão da convivência com os efeitos da seca no interior do Estado”, frisou.
Heitor Férrer lembrou que, durante os oito anos de governo de Cid Gomes, muitos projetos foram realizados no tocante à questão hídrica, mas, mesmo assim, “nesse período, o Estado produziu uma reserva hídrica de apenas 1,4 bilhão de metros cúbicos”.
De acordo com ele, “o Ceará só não está em uma situação pior por termos o Castanhão, a maior obra hídrica do Estado de todos os tempos”.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) lembrou o projeto de sua autoria, aprovado pela AL, que cria o Fórum Permanente de Debate sobre os Recursos Hídricos do Estado. De acordo com ele, o fórum realizaria estudos permanentes e o diagnóstico de cada região, propondo soluções imediatas para a falta d’água.
A questão, conforme Ely Aguiar, “é que o Governo não acata sugestões que não venham da sua base aliada”, criticou.
O deputado Capitão Wagner (PR) questionou quais ações os governos estadual e municipais estão tomando quanto ao racionamento de água, enquanto o deputado Audic Mota (PMDB) frisou que “não há mais o que estudar, é preciso fazer algo”. “O Governo irá gastar R$ 65 milhões com a campanha Ceará Receptivo. Ora, é até incoerente um gasto desses quando não resolvemos nossos problemas mais básicos, como a escavação de poços e a compra de máquinas perfuratrizes”, disse.
PE/CG