A crise hídrica e seus efeitos no Ceará foram tema de audiência pública, na tarde de ontem, na Assembleia Legislativa. Para garantir o abastecimento humano, o uso da água está sendo restringida nos grandes centros e, no restante, estão sendo usadas cisternas e outras alternativas, garantiu a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH).
> Municípios cearenses já racionam água há dois anos
Segundo o secretário adjunto da SRH, Ramon Flavio Gomes, o fornecimento para pessoas e animal é prioridade por lei. "O foco do nosso órgão é esse abastecimento. Estamos restringindo o uso em prol das grandes cidades", destacou.
Além disso, nos locais onde a população é difusa, são encontradas outras alternativas. Como, por exemplo, as cisternas, carros-pipa e a dessalinização da água. "No Programa Água Doce, vamos atender 222 comunidades em 44 municípios. Começamos os trabalhos há dois anos e estamos implementando dessalinização ambiental".
Seca
De acordo com o coordenador da Operação Carro-Pipa no meio rural, coronel Claudemir Rangel, os 1.380 veículos atendem 109 municípios cearenses e ajudam 926.899 pessoas. "Estamos encontrando muita dificuldade em encontrar mananciais para retirar a água. Procuramos alternativas junto ao Comitê de Combate as Secas", afirma.
Ele ainda acrescentou que os pipeiros têm reivindicado aumento em suas remunerações devido à subida dos preços do combustível, manutenção e serviços. "É preciso modificar a portaria que regulamenta a ação dos carros pipa para atendermos essa demanda", explica.