Segundo ele, as paralisações são contra a política econômica do Governo Federal, que resolveu cortar conquistas sociais com o objetivo de equilibrar as contas públicas.
“De fato há uma crise econômica. Mas nem todos são chamados igualmente a pagar a crise. É óbvio que não foram os investimentos sociais que causaram isso”, avaliou o deputado.
De acordo com Renato Roseno, o Bolsa Família custa R$ 25 bilhões por ano. Já o valor pago por juros da dívida pública alcançam R$ 980 bilhões. “Ou seja, 45% do orçamento geral da União foram dedicados aos mais ricos. O Governo tira dos pobres para dar aos ricos, numa estrutura tributária muito injusta”, afirmou o parlamentar. Ele avaliou que quem mais paga pela crise são os mais pobres.
Renato Roseno disse que a economia brasileira está capturada pelo capital financeiro. “O Estado adotou um modelo econômico que é concentrador de riqueza. O Governo até hoje não teve coragem de regulamentar por lei os impostos sobre grandes fortunas, o que poderia significar um aumento de arrecadação, no primeiro ano, da ordem R$ 50 bilhões”, criticou.
Além disso, o deputado afirmou que várias escolas estão sendo fechadas porque os fornecedores de merenda escolar não recebem os recursos para a compra de gêneros alimentícios. Renato Roseno lembrou que o governador Camilo Santana garantiu que não seriam feitos cortes de recursos para a merenda escolar.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que as viúvas estão sendo tratadas, pelo Governo Federal, como se fossem oportunistas. Já o deputado Carlos Matos (PSDB) elogiou o discurso de Renato Roseno.
O líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), informou que “está havendo um excesso de burocracia na compra dessa merenda”. Ele adiantou que trará esclarecimentos sobre o assunto nos próximos discursos. A deputada Rachel Marques (PT) afirmou que não há cortes na merenda escolar.
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