Fernanda Pessoa defendeu esforços conjuntos de gestores e servidores para solucionar os problemas da área da saúde – como superlotação e espera por atendimento nos corredores. A deputada defendeu a abertura de mais leitos e contratação de mais médicos e agentes de saúde. Fernanda Pessoa salientou que há recursos disponíveis, já que o Portal da Transparência informa que R$ 1,3 bi foram investidos, pelo Governo Federal, no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na avaliação da parlamentar, muitos municípios recebem repasses em valores abaixo do necessário. “Palmácia recebe apenas R$ 800,00 mensais do Estado, enquanto Barreira recebe R$ 5 mil por mês”, comparou.
Outro exemplo citado por Fernanda Pessoa foi o do hospital polo João Elísio de Holanda, localizado em Maracanaú. A parlamentar informou que, além do município, o hospital atende a outras sete cidades, com uma população total de 300 mil pessoas. “Porém, os repasses do Estado são de apenas R$ 225 mil por mês, quando a unidade precisa de, pelo menos, R$ 7 milhões para promover um atendimento de qualidade a toda a região”, criticou.
A deputada observou que, nos três primeiros meses do ano, foram transferidos 5.975 pacientes de outros municípios para Maracanaú. “Percebi a grande angústia que passam os médicos com as superlotações. 80% são pacientes que sofrem acidentes de moto. Muitos chegam em estado gravíssimo. E as transferências ocorrem sem nenhum comunicado”, comentou.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que os repasses estaduais para as prefeituras estão diminuindo. Ele salientou que todos os municípios contribuem para o funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) implantadas, mas, até agora, muitas dessas unidades não foram sequer inauguradas.
Já o deputado Odilon Aguiar (Pros) explicou que os atendimentos estão ocorrendo, inclusive gerando demandas por cirurgias eletivas. “Não é verdade que há unidades sem funcionar”, ressaltou.
JS/GS