Para a parlamentar, é “lamentável” que, quatro meses após os investigadores da Operação Lava Jato decretarem a prisão de executivos das maiores empreiteiras do País, as principais obras executadas pelas empresas envolvidas no esquema sejam prejudicadas.
Fernanda Pessoa acrescentou que a paralisação dessas duas obras acarretou a demissão de 300 trabalhadores. “E isso respinga diretamente em dezenas de famílias, além de impactar no índice de desemprego do Estado”, frisou.
A parlamentar pediu que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) fiscalize essas paralisações no Ceará, para garantir que os trabalhadores recebam seus direitos. Somente este ano, conforme observou, cerca de 10 mil demissões foram efetuadas em todo o Estado. A deputada salientou que a situação reflete no desenvolvimento econômico de todo o Brasil. “Nós já estamos sentindo os efeitos dessa irresponsabilidade”, afirmou.
Fernanda Pessoa destacou ainda outras obras do Governo do Estado que estão paralisadas, abandonadas ou são “desnecessárias”. Como exemplos, citou a Refinaria, “que gerou milhões de gastos dos cofres públicos", as obras do metrô, “completamente paradas”, e a requalificação da Beira Mar, “que nem saiu da primeira etapa”.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse não entender como um governo de continuidade pode deixar que obras “tão fundamentais” sejam paralisadas. “Se fosse um governo de oposição, que quisesse fazer uma auditoria e apurar o motivo do atraso da obra, tudo bem. Mas, em um governo de continuidade, isso não faz sentido”, refletiu.
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