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Quarta, 11 Fevereiro 2015 06:22

Coluna Politica

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  As forças políticas que administram Fortaleza e o Ceará têm agido estrategicamente na arquitetura política para 2016. Os principais atores costumam se queixar da imprensa, por supostamente antecipar a sucessão. Na verdade, o que jornalistas fazem é trazer a público questões que a maioria dos articuladores preferia manter nos bastidores. O resultado eleitoral de 2014 deu recados importantes e justificou preocupações nas fileiras governistas. Os adversários representam ameaças nada desprezíveis. As principais delas talvez estejam entre partidos da própria base aliada estadual. Os movimentos até agora miram justamente esses focos oposicionistas ou rebeldes no âmbito municipal, mas que estão na esfera de influência do Palácio da Abolição. Portanto, mais suscetíveis a pressões e à sedução. As articulações atraem aliados e isolam adversários, na preparação do palanque para a tentar a reeleição do prefeito Roberto Cláudio (Pros). A ofensiva se mostra articulada e envolve tanto a Prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado. A bola da vez é o PDT. Após o deputado Evandro Leitão ser escalado líder do governo Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa, o ex-superintendente regional do Trabalho Júlio Brizzi assume a Coordenadoria de Juventude da Prefeitura – cargo que era de Élcio Batista, atual chefe de gabinete do governador. Com isso, isola-se ainda mais Heitor Férrer dentro do PDT. O parlamentar é a principal voz da oposição estadual há quase uma década e foi séria ameaça à ida de Roberto Cláudio ao segundo turno da eleição municipal de 2012. Inviabilizar sua candidatura e fazer do PDT um aliado é uma das prioridades na agenda do atual prefeito na trilha para buscar a reeleição. Nos debates na Assembleia de agora em diante, Heitor terá um colega de partido como principal antagonista. As polêmicas se darão dentro da seara pedetista. Evandro é força em ascensão dentro da legenda. O confronto com ele não ficará sem consequências internas. Vale lembrar que, nas três últimas eleições em Fortaleza, o PDT teve candidato. Em 2004 e 2012, foi Heitor. Em 2008, ele perdeu a disputa interna e a candidata foi Patrícia Saboya, hoje conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A outra prioridade dos governistas é evitar que o PT tenha candidato. Um primeiro ato foi o convite ao vereador Guilherme Sampaio para secretário estadual da Cultura. De quebra, o gesto tirou da Câmara Municipal o então líder da oposição ao prefeito. Assim, trouxe para o seio palaciano um importante aliado da ex-prefeita Luizianne Lins, que lidera o bloco petista favorável à candidatura própria. A estratégia usada com Heitor é usada contra Luizianne. No bloco puramente de oposição, o Psol certamente terá candidato e o mais provável é que seja Renato Roseno (Psol), cujo potencial de votos já foi demonstrado. O PMDB diz que terá candidato. E Capitão Wagner (Psol) é outro cotado. Se ainda tiver como adversários Heitor Férrer e ainda um petista, a reeleição de Roberto Cláudio poderá se mostrar muito complicada. E não apenas pelos concorrentes. O tempo no horário eleitoral pode ficar comprometido. Roberto Cláudio perdeu o suporte que tinha do PMDB em 2012. Não está mais no PSB, que tinha tempo bem mais significativo que o do Pros. Tem o DEM, mas é uma bancada que minguou e não está mais entre as cinco maiores da Câmara dos Deputados – critério para distribuição do tempo de rádio e televisão. Há uma penca de nanicos, que dão um bom caldo. Mas não garantem a supremacia a que candidatos governistas têm se habituado no Ceará. Mas, hoje, de aliado líquido e certo que o prefeito tem, o mais valioso do ponto de vista do tempo no horário eleitoral é mesmo o PP. Sem grande expressão na política cearense, tem uma das quatro maiores bancadas na Câmara dos Deputados. Não por acaso, o presidente do partido em Fortaleza, Jaime Cavalcante, foi nomeado secretário da Educação da Capital no fim de janeiro. Ganhou uma das pastas mais estratégicas da gestão, um dos maiores orçamentos do município. Para se reeleger, Roberto Cláudio precisará mostrar serviço. Mas precisará ainda mais da política – e é politicamente que tem agido desde já, montando as bases do palanque para 2016. E preparando para a ofensiva principal que terá de executar até lá: tirar PT ou PDT do páreo e trazê-los para seu lado. De preferência, para o prefeito, os dois. ESPAÇO PARA OS MOVIMENTOSNo pacote de mudanças que Camilo Santana (PT) enviará à Assembleia Legislativa, estará a criação de uma Coordenação de Movimentos Sociais. Cumprirá o papel que, no plano federal, por exemplo, fica a cargo da Secretaria Geral da Presidência – até o ano passado exercida por Gilberto Carvalho e atualmente com Miguel Rossetto. Como em Brasília, a instância estadual deve ser vinculada ao gabinete do governador. Trata-se de mais que um dos gestos de Camilo na tentativa de reforçar a imagem de diálogo que tenta imprimir desde o início da gestão. No caso federal, essa interlocução é uma das mais valiosas armas do Palácio do Planalto na manutenção de apoio político, sobretudo em segmentos com grande poder de pressão. Ontem, a propósito, o governador recebeu representantes do Movimento Sem Terra (MST) e do sindicato dos professores, Apeoc.
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