A oposição e a seca do 15
Não foi positivo o prognóstico de chuvas para fevereiro, março e abril no Ceará, anunciado terça-feira pela Funceme. Mas uma nova "seca do 15" - 100 anos depois da que foi celebrizada no romance "O Quinze" - de Rachel de Queiroz, não é um quadro que tenha surpreendido. O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão federal, havia previsto no fim de 2014 "maior probabilidade dos totais pluviométricos sazonais ocorrerem na categoria abaixo da faixa normal climatológica" para o período de janeiro a março no semiárido. Traduzindo: menos chuva do que se deseja. O que se deve esperar agora é a execução de medidas projetadas pelo governador Camilo Santana (PT) e a repercussão na nova oposição na Assembleia, que assume em 11 dias.
A oposição à gestão de Cid Gomes (Pros), antecessor de Camilo, já entoava na Assembleia refrões de ataque às políticas públicas de mitigação dos efeitos da seca. O coro questionava não só a eficiência das ações, mas também as classificava como insuficientes. Portanto, o que Heitor Férrer, João Jaime e Eliane Novais - entre outros menos votados - faziam não era a dança da chuva. Nem de longe.