Quando a lei também cai
O parapente desabou domingo em Canoa Quebrada, levou ao chão o piloto e pai e filha turistas e fez se acenderem, por isso, sinais de alerta sobre segurança. Sem contar com o blablablá do tipo "eu-não-avisei?", que se faz ouvir após fatos do gênero. Aí, a Prefeitura de Aracati achou de proibir os voos. Por isso, note-se que desde 2012 há no Ceará uma lei que obriga empresas que vendem atividades radicais a terem licenciamento específico do Estado. O projeto foi assinado em 2011 pelo deputado Paulo Facó (PTdoB) e teve sanção no ano seguinte pelo então governador Cid Gomes. Entre as regras, estão a que determina autorização do Corpo de Bombeiros para prática de esportes do gênero e a que exige responsabilidade técnica de profissional habilitado. Há três anos, portanto, há decisão preventiva sobre o assunto. Mas esperou-se que um acidente ocorresse para se tomar providências.
Não é emocionante, mas é cabível lembrar que o projeto apresentado por Paulo Facó, aprovado pela Assembleia e sancionado por Cid Gomes era um clone. Pousou por aqui como réplica de textos que tramitaram no Paraná e de Minas Gerais. Uma autêntica cópia à tirolesa, pode-se dizer.
"Já deveria ter sido decretado estado de calamidade pública. O sinal amarelo acendeu há dois anos. Estamos no sinal vermelho"
Deputado Danniel Oliveira (PMDB)Numa previsão pessimista sobre a estiagem no Ceará