A deputada reeleita Fernanda Pessoa diz que vai pleitear uma vaga na Mesa Diretora pelo bloco de oposição
Minoria no parlamento, as deputadas estaduais pretendem disputar espaços de destaque que são predominantemente ocupados por homens na história da Assembleia Legislativa. Entre as reivindicações mais antigas, está a garantia de um assento na Mesa Diretora para uma representante do sexo feminino.
Uma vaga na Mesa é alvo de interesse tanto da deputada Silvana Oliveira (PMDB) como de Fernanda Pessoa (PR), ambas da oposição. Eleita pela primeira vez, a peemedebista, que era suplente, já atuou na Casa na vacância de titulares da coligação. Já Fernanda Pessoa (PR) foi reeleita para o segundo mandato.
"Estou pleiteando a vaga pelo PMDB, mas não é fácil. Já falei dentro do PMDB, falei com o Eunício Oliveira (senador e presidente estadual da agremiação) e eles simpatizaram com a ideia de ter uma representante feminina. Mas como é um lugar muito disputado, não sei se consigo", ponderou Silvana.
Já a republicana pretende pleitear um espaço na Mesa pelo bloco da oposição, que reunirá cerca de 13 parlamentares e tem a prerrogativa de postular dois assentos. "Tenho interesse e já coloquei meu nome à disposição", diz Fernanda. "Estamos indo para o segundo mandato, com mais experiência, e queremos fazer com que mais mulheres entrem para a vida pública".
Prioridades
Rachel Marques (PT), que, mesmo não tendo sido reeleita, cumprirá mandato devido a licenças de titulares que assumirão secretarias do Governo, não revelou os espaços que quer ocupar na próxima legislatura. Informou ter se reunido com colegas da bancada do PT, Elmano de Freitas e Moisés Braz, para definir espaços que serão priorizados.
"Foi uma conversa preliminar, não ficou nenhuma definição. Nos colocamos à disposição do partido", apontou. Rachel, que atualmente é presidente da comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, destacou que, para postular espaços na Mesa ou nas comissões, é necessário articular com o próprio partido e com outros da coligação.
Já as deputadas que assumirão o mandato pela primeira vez entendem que ainda precisam se familiarizar com o Parlamento antes de reivindicar lugar na Mesa Diretora. Aderlânia Noronha (SD), por exemplo, afirma não ter interesse em disputar um assento agora. "Vou chegar observando, poderia pensar nisso no segundo biênio", apontou.
Ela não descarta integrar comissões e afirma que as prioridades serão combate aos efeitos da seca, luta pelos direitos das mulheres e enfrentamento ao uso de drogas. Também novata, Laís Nunes (PROS) quer continuar o trabalho do marido, deputado Neto Nunes, na comissão de Desenvolvimento Regional, Recursos Hídricos, Minas e Pesca. Ele não disputou a reeleição.
Entre os espaços na Assembleia que tratam de temas concernentes às mulheres, há ainda a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres e a Procuradoria das Mulheres.