Camilo: paciência oriental
Para atravessar este ano de fortes ajustes, de pouca atividade econômica e, por via de consequência, de menor receita tributária, o governador do Ceará, Camilo Santana, usa, no início de sua gestão, uma arma poderosa: o diálogo. Desse diálogo já resultou a distensão no estamento policial responsável pela segurança pública, a cujo pessoal prometeu para fevereiro um aumento do soldo, e, ainda, a retomada da política de promoções na Polícia Militar. Como tudo está condicionado à aprovação do Poder Legislativo, Camilo Santana já se reuniu - de um por um - com os deputados estaduais, os da oposição incluídos. Há uma virtude que Camilo tem e que Cid Gomes não teve: a paciência oriental de ouvir e de não decidir sob emoção. Bom começo.