Alguns deputados da Assembleia Legislativa receberam com insatisfação a decisão do Colégio de Líderes, acordando que, durante o período eleitoral as sessões ordinárias só irão ser realizadas uma vez por semana, às terças-feiras. Na plenária de ontem, parlamentares, principalmente os de oposição, criticaram a medida e pediram para a Mesa Diretora revogar o ato. Os aliados, por outro lado, defenderam a medida.
Ely Aguiar (PSDC), por exemplo, fez um comparativo entre o trabalho realizado pelo deputado e o do homem comum, que segundo ele, acorda cedo e vai plantar, ou madruga para realizar os serviços das empresas em que trabalha. "Que a Assembleia Legislativa tenha esse exemplo e queira trabalhar. Porque, ontem (quarta-feira), a Assembleia Legislativa inspirou-se no bicho preguiça. E decidiu que esta Casa deverá, mesmo saindo de um recesso, continuar sem trabalhar", atacou.
Compromisso
O deputado Roberto Mesquita (PV) salientou que duas sessões por semana seria o ideal para a realização das plenárias, e afirmou que houve um pensamento equivocado daqueles que defenderam o chamado recesso branco. "Eu acho que o pensamento da maioria faz desvirtuar o pleito eleitoral. Aqueles que estão nas ruas, pleiteando vaga na Assembleia, sem as regalias que temos, é que estão em desvantagem. Nós somos pagos pelo povo do Ceará e temos que ter compromisso com eles", disse.
O deputado Nelson Martins, por outro lado, fez a defesa da medida, e explicou que em 24 anos de vida pública nunca faltou ao trabalho, seja no Parlamento, nos movimentos sindicais ou no Executivo, dizendo que não se pode passar a imagem para a população de que aqueles que foram favoráveis a realização de apenas uma sessão por semana são contra o povo.