“Seja através de um regime próprio ou não, o município tem a missão de guardar aqueles recursos. Recentemente vimos que em alguns municípios do Estado os gestores meteram a mão. Isso foi um escândalo nacional e o TCM fez uma tomada de contas, mas até agora não divulgou as decisões”, disse.
O parlamentar pediu que o colegiado não desvirtuasse as suas funções por conta de vínculos políticos. “Esse colegiado está tendo a sua imagem desvirtuada. Assistimos determinados parlamentares fazendo pressão em alguns conselheiros para ter vantagens eleitoreiras. O TCM tem que trabalhar a luz do que a população pede”, ressaltou.
Segundo Roberto Mesquita, nos últimos dias foi noticiado a provável indicação do vice-governador Domingos Filho para o colegiado. Ele discordou da forma como estão sendo feitas as negociações e criticou a aposentadoria do conselheiro Artur Silva.
“Acredito que a presença do Domingos Filho vai engrandecer o TCM, mas o caminho para chegar àquela Corte é um caminho que não deveria seguir. Vão fazer um conselheiro se aposentar para dá uma vaga a ele. Tudo para resolver uma frustração do vice-governador que queria ser candidato a governador”, afirmou.
Em aparte, o deputado Welington Landim (Pros) esclareceu que o vice -governador e ex-deputado apenas externou seu desejo de assumir a vaga. Ele elogiou o gestor, e disse que Domingos Filho tem um perfil municipalista. “Na verdade o vice-governador tinha um sonho. Chegou a ser presidente dessa casa, vice-governador, sua esposa é prefeita, seu filho deputado federal. Já havia concorrida à vaga com Francisco Aguiar, perdeu, e agora chegou o momento. Digo que o Domingos Filho não negociou cargo, ele optou para o futuro e colocou seu nome à disposição do governador”, defendeu.
O parlamentar explicou ainda que Artur Silva já possui tempo para se aposentar, não necessitando esperar para a compulsória, que é uma questão que passa por uma decisão pessoal. E citou ainda como exemplos o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que está se aposentando por tempo de serviço.
Já o deputado João Jaime (DEM) afirmou que a vaga do Domingos Filho ainda não está definida. Ele também criticou a forma como estão sendo feitas as negociações. “Tirar um conselheiro antes do tempo da aposentadoria e colocar alguém para ser compensado. Isso é nefasto ver um tribunal se formar dessa maneira”, pontuou.
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