Dedé destacou dados apresentados pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégico (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri, “que mostram dificuldades para se avaliar o Governo Dilma. Por exemplo, o descolamento entre os indicadores econômicos, sociais e distributivos, que já existiam, mas que, nos últimos três anos, ficaram mais expressivos”, afirmou o ministro.
Ainda conforme Marcelo Neri, as pesquisas familiares fundamentam dois brasis, o das contas, que governa a análise econômica, e outro, que visita a casa das famílias, com as pesquisas domiciliares. Para o ministro, os brasileiros que estão mais próximos da parte superior da distribuição têm dificuldade de ver o Brasil profundo. “A transformação está acontecendo na base da pirâmide”, afirma Marcelo Neri.
Dedé Teixeira pontuou que os dados do ministro informam que, em 2012, os 10% mais pobres tiveram crescimento de 14% no ano, enquanto que, de 1992 a 2012, o aumento foi só de 5,4%. Além disso, o gráfico com o crescimento do PIB, comparado ao crescimento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do IBGE sobre a renda mediana e o crescimento dos mais pobres, atesta que “quanto mais você se distancia da média e foca nos mais pobres, a melhora social é mais acentuada”, disse o ministro.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) discordou de Dedé Teixeira. Ele disse que os analistas econômicos destacam que a macroeconomia está sofrendo e que a balança comercial brasileira está com saldo negativo, de US$ 4,777 bilhões.
GRITO DA TERRA
Na oportunidade, Dedé Teixeira também destacou a realização do XX Grito da Terra, movimento de agricultores familiares que lutam por seus direitos e garantias. No Ceará, eles têm à frente a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura no Estado do Ceará (Fetraece).
LF/CG