O parlamentar lembrou que a relevância do assunto levou à criação de uma comissão especial, em 2011, para acompanhar o tema em discussão no Congresso. “Infelizmente não andou e não vamos fazer praticamente mudanças para essas eleições de 2014”, disse. Segundo Dedé Teixeira, a posição do Partido dos Trabalhadores é pela realização de um plebiscito para a reforma política e, simultaneamente, a retomada do debate de uma constituinte exclusiva para modificar o sistema político.
“O nosso empenho (do PT) é uma constituinte exclusiva para que se debata o tema da reforma política, pois, talvez, essa seja a principal reforma que devemos fazer no Brasil, corrigindo as distorções da nossa representação”, acrescentou. O parlamentar disse que pontos como o voto em lista e financiamento público precisam ser discutidos, com envolvimento da sociedade.
Dedé Teixeira comemorou a aprovação, ontem, no Senado Federal, do fim das contribuições de pessoas jurídicas a candidatos e partidos políticos e dos avanços para que as contribuições aos partidos sejam publicizadas. “As prestações de contas têm que ser feitas de forma mais transparente”, avaliou.
O parlamentar informou ainda que o Partido dos Trabalhadores, por meio da Fundação Perseu Abramo, vai promover, em Fortaleza, entre hoje (03/04) e 5 de abril, o “Fóruns Regionais Ideias para o Brasil - Região Nordeste I – (Ceará, Maranhão, Piauí)". O evento começa às 14h30, no auditório do Hotel Golden Tulip Iate Plaza – Mucuripe. Segundo ele, o encontro segue até 31 de maio, em sete capitais brasileiras. A programação envolve debate de vários assuntos, entre os quais, o desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, justiça social e mobilidade espacial.
Em aparte, os deputados João Jaime (DEM), Rachel Marques (PT), Lula Morais (PCdoB), Fernanda Pessoa (PR), Tomaz Holanda (PPS), Danniel Oliveira (PMDB) e Ferreira Aragão (PDT) também se manifestaram. Para João Jaime, “todo mundo quer, é a favor, e acha que a legislação não contempla, mas a reforma não sai”. O parlamentar defende um “emendão” à Constituição Federal. Rachel Marques acredita que a democracia só será fortalecida a partir de uma reforma política. Lula Morais disse que concorda com a reforma política, “porém qual a reforma?”.
Na avaliação de Fernanda Pessoa, pesquisas não deveriam ser divulgadas no Estado. Tomaz Holanda também é a favor das mudanças, mas contrário ao voto de lista e à Constituinte. Danniel Oliveira defendeu o financiamento de campanha, “para que o eleitor possa acompanhar e não haja caixa dois”. Ferreira Aragão reclamou da ingerência entre poderes e destacou a necessidade de respeitar os pequenos partidos.
LS/AT