O deputado ressaltou o estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que aponta que um trabalhador negro ganha, em média, 36,11% a menos que um não negro. Ainda conforme dados do Dieese, os negros são maioria entre os desempregados brasileiros. “Entre os que estão sem trabalho formal há mais de um ano, 60,6% são negros e 63,2% mulheres”, disse.
De acordo com ele, o que acontece no mercado de trabalho é reflexo de todos os demais aspectos socioeconômicos do País. “Das pessoas que vivem em situação de rua, a maioria é de negros e negras; os que precisam de atendimento do SUS, por não terem acesso a um plano de saúde, quem são? Negros e negras. Entre os que têm menos escolaridade, estão negros e negras. As pessoas com renda menor também são negras”, ressaltou.
As políticas afirmativas do governo do PT ao longo dos últimos 10 anos, na avaliação de Camilo, vêm promovendo a correção do erro histórico cometido contra os negros. Programas como o de cotas nas universidades, o Bolsa Família, o Brasil Carinhos e o Brasil sem Miséria, segundo ele, “têm representado a porta de saída de uma vida sem esperança para uma perspectiva de avanço social, inclusive, para a população negra e parda”.
Conforme lembrou o deputado, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, apresentou, recentemente, levantamento que mostra o impacto dos projetos sociais do governo na população negra e parda.
“Desde 2011, 22 milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza. E, daqueles que ingressaram na classe média brasileira, três em cada quatro são pretos e pardos. Das 19 milhões de pessoas beneficiadas com as ações do Brasil Carinhoso, programa voltado às famílias com filhos menores de 15 anos, 77% são pardos e negros. Em relação aos titulares do Bolsa Família, são 73%”, informou o petista.
Em aparte, o deputado Professor Pinheiro (PT) apontou a instalação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Ceará, durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Pinheiro, a Universidade estabelece uma relação privilegiada com os países africanos e reata as relações diplomáticas.
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