Messias foi vítima de câncer
FOTO: EVILÁZIO BEZERRA
Faleceu na noite do último sábado o jornalista Messias Pontes, 66, vítima de câncer no pâncreas. Messias teve destacada trajetória no jornalismo e na militância política de esquerda no Ceará. Preso durante a ditadura militar, era o atual presidente da Associação 64/68, que reúne pessoas perseguidas durante a vigência do regime.
Várias autoridades públicas e entidades se manifestaram sobre o falecimento. O prefeito Roberto Cláudio (Pros) disse que Messias incorporava “ética e completa disciplina aos princípios de defesa intransigente dos mais elevados interesses da coletividade”.
O senador Inácio Arruda (PCdoB) disse que Messias foi “um grande nome em defesa do Brasil e ativo na política e no jornalismo até o último segundo”. Messias fazia parte da direção estadual do PCdoB.
O também senador Eunício Oliveira (PMDB) disse que o Ceará deve muito a Messias, por ele “ter levado ao público informações que muitos não tinham coragem de abordar; por dizer aquilo que a maioria não queria ouvir”. O deputado federal Artur Bruno (PT) citou que “ele sempre estava denunciando injustiças”.
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), classificou como “impecável” o trabalho de Messias dizendo que “dedicou sua vida na construção de um Brasil mais justo”. O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) lembrou que “Messias era sempre maleável com os que discordavam dele”. Em nota, a Associação 64/68 o classificou como “raro exemplo de ser humano que deixa um legado histórico a compor o alicerce político e moral de um povo”.