Para evitar protestos e críticas, ele sugeriu ao líder e ao vice-líder do Governo na Casa, deputados José Sarto (PSB) e Júlio César Filho (PTN), que apresentem a relação de quantas pessoas foram beneficiadas na área da saúde e na segurança por meio da utilização dos equipamentos aéreos. “Porque com isso fica claro. É um investimento social”, justificou, destacando a necessidade de mais aeronaves a serem destinadas às regiões do Estado.
O parlamentar contestou os questionamentos levantados pela deputada Eliane Novais (PSB) sobre as razões de os helicópteros não terem sido adquiridos pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, mas pelo Programa de Modernização Tecnológica da Secretaria de Ciência e Tecnologia. “Comprou por onde os recursos permitiram e a lei cabia”, explicou.
Osmar Baquit chamou atenção para o sofrimento da população do interior do Estado com a estiagem e disse estar descrente da vinda da Refinaria Premium II para o Ceará. “Queria que os deputados fossem ao Interior para ver e sentir a situação dos nossos irmãos que estão tomando água sem qualidade, porque não tem mais reservatório. Deveríamos discutir a refinaria, pois nem no plano de investimentos da Petrobras ela consta, isso é grave”, disse.
Em aparte, deputado Carlomano Marques (PMDB) afirmou que um dos grandes gargalos do Estado é a questão da segurança pública, “porque o governador está investindo muito e o resultado não está vindo da mesma forma”.
Para ele, o projeto de lei, aprovado em 2011, que pedia autorização para contratar, junto a uma empresa alemã, operação de crédito externo destinado ao projeto de modernização tecnológica do Estado “foi claro e transparente”. “Não sinto maldade nisso”, defendeu.
O deputado João Jaime (PSDB) apontou que, diante do momento pelo qual passa o Estado, principalmente em relação à seca, a aquisição dos helicópteros seria inoportuna. “O povo está se digladiando por uma lada d’água. São problemas de abastecimento de água, açudes secando, faltando dinheiro para saúde”, citou, criticando ainda o fato de o Hospital de Acaraú não estar operando por falta de R$ 2 milhões.
Na mesma linha, a deputada Fernanda Pessoa (PR) cobrou informações sobre a aquisição de máquinas perfuratrizes sem a necessidade licitação. Já o deputado Augustinho Moreira (PV) rebateu João Jaime, afirmando que os equipamentos aéreos foram adquiridos por financiamentos. “O governo inteligentemente comprou os helicópteros porque tinha um banco financiador”, endossou.
O deputado Roberto Mesquita (PV) disse que a discussão não é sobre a importância de um equipamento para a população, mas a repercussão que o assunto teve ao ser levantado pelo Jornal Nacional.
LS/CG