Apesar de elogiar a iniciativa do governador de ir ao parque conversar com os manifestantes, a parlamentar disse que "não se pode admitir que o próprio Estado faça o desmatamento do Cocó e depois venha propor a legalização". Eliane também esteve no acampamento durante a visita do governador.
Na avaliação da deputada, a situação é delicada e pede um diálogo aberto com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, além do comprometimento de Cid Gomes em não usar de repressão policial contra o movimento. Ela anunciou que solicitará a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a questão. Para Eliane, o impasse não pode ser negociado como "moeda de troca". "O governador não pode terminar os seus dias de Governo como assassino do Cocó", afirmou ela.
Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) destacou que nenhum governo, até agora, se comprometeu em criar uma unidade de preservação do Cocó. Segundo ele, do ponto de vista ambiental, o impacto causado pelo engarrafamento é maior do que o impacto da construção dos viadutos.
O líder do Governo, deputado José Sarto (PSB), registrou "a disposição do governador em abrir o diálogo num ambiente antagônico politicamente". De acordo com o governista, "todas as ações da Prefeitura estão respaldadas juridicamente", e o Governo tem o compromisso de regulamentar a área.
Para o deputado Roberto Mesquita (PV), ao propor a regularização em troca da construção dos viadutos, Cid Gomes "mostrou que não tem interesse, coisa nenhuma, em regularizar o Parque do Cocó".
RW/CG