Foi intenso o bate-boca entre deputados cearenses com relação a pontos da reforma política enviada ontem ao Congresso. Mesmo após muita discussão - no plenário e nos bastidores da Assembleia -, os parlamentares não chegaram a nenhum consenso sobre quaisquer temas da proposta.
Pontos como a votação em lista fechada, por exemplo, provocaram muita discordância e troca de acusações entre deputados. “Lista fechada é ditadura, isso é inaceitável”, disse Lucilvio Girão (PMDB), interrompendo fala de Antônio Carlos (PT) que defendia a medida para fortalecer identidade partidária. Outros parlamentares, como Dra. Silvana (PMDB) e Tomaz Holanda (PMN) também criticaram a proposta.
Único ponto de maior consenso foi a realização de plebiscito com a população. “É sempre bom ouvir o povo, e só fizemos isso duas vezes”, disse Lula Morais (PCdoB).
Nos bastidores da Casa, o debate sobre a reforma tomava ares de embate ainda mais nítidos. Aos gritos, muitos deputados criticavam propostas com as quais não concordavam.