Moradores fecharam BR-116, causando engarrafamento; outro grupo de manifestantes fez passeata na Capital Uma manifestação de moradores da comunidade Che Guevara, em Messejana, interditou durante duas horas a BR-116, à altura do Km 7, durante a noite de ontem. Os manifestantes pediam a construção de uma passarela no local para evitar acidentes com pedestres e ciclistas que passam pela rodovia. Outro grupo de cerca de 100 manifestantes saiu em caminhada da Assembleia Legislativa do Ceará até o corredor hoteleiro da Av. Beira-Mar. Por volta das 20h30, o grupo dispersou sem que houvesse qualquer conflito. O protesto da BR-116 foi motivado pela colisão entre um Polo e uma bicicleta no trecho, que resultou na morte do ciclista Marconde Marcos dos Santos, 40, na manhã de ontem. Os moradores do entorno fizeram um protesto logo após o acidente, fechando a via por cerca de 15 minutos. O protesto deixou mais congestionado o trânsito no local, que já estava lento por conta da colisão. Os policiais rodoviários federais convenceram os moradores a procurar uma melhor forma de exigir os direitos e o bloqueio foi desfeito. No entanto, eles voltaram a interditar o trecho às 18h20. O condutor do Polo disse que trafegava dentro da velocidade permitida no trecho, quando uma mulher com uma criança atravessou a rodovia. No mesmo momento, o ciclista Marconde dos Santos tentou passar também, porém não houve como desviar, apesar da tentativa. Ele dirigia no sentido Praia-Sertão. O motorista permaneceu no local e chegou a acionar o socorro. Foi constatado porém que a vítima teve morte imediata. Ele foi submetido ao teste do bafômetro. O resultado foi negativo, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Caminhada pacífica Já a concentração do outro protesto se deu em frente à Assembleia Legislativa. Lá, sentaram e decidiram caminhar até a Av. Beira-Mar. Depois de percorrer a Av. Desembargador Moreira, o grupo caminhou pela Av. Beira-Mar, no sentido Mucuripe, e impediu o tráfego de veículos. Ainda na Praia do Náutico, os manifestantes cantaram o Hino Nacional. A manifestação ocorreu de forma pacífica, e ninguém utilizava máscaras. A Polícia acompanhou o movimento. Depois, o grupo parou no cruzamento com a R. Tereza Hinko. Após falas contra a corrupção no País e no Estado, foi decidido que o protesto continuaria retornando pela Av. Abolição, no sentido Mucuripe/Náutico. Após caminhada, o grupo se dispersou. De acordo com um dos manifestantes, a mobilização de ontem foi criada para evitar que os protestos se encerrem com o fim da Copa das Confederações.