Conforme explicou o parlamentar, que preside a Comissão de Defesa Social da Casa, é preciso investigar por que essas empresas reabilitam celulares que muitas vezes foram furtados ou assaltados, sem a devida comprovação de propriedade do aparelho. “O Ceará, hoje, tem mais de oito milhões de habitantes e nove milhões de celulares em circulação, funcionando de todo jeito. Trinta por cento desses celulares estão funcionando irregularmente”, apontou o deputado.
Na avaliação de Cavalcante, a partir do momento em que as operadoras permitem que esses aparelhos irregulares sejam reabilitados, está incentivando o roubo e a violência. “Temos mais ou menos 100 ocorrências por dia no Ceará. Esses celulares que são furtados, roubados, muitos chegaram até um crime maior, o crime de latrocínio, o que se mata para roubar”, considerou.
Durante o seu pronunciamento, Delegado Cavalcante pediu a assinatura dos demais parlamentares para a instalação da CPI. “Ganha a população e ganha a prevenção da criminalidade aqui no Ceará, e vai ser exemplo para todo o Brasil”, frisou.
Em aparte, os deputados Dra. Silvana (PR), Eliane Novais (PSB), Antonio Carlos (PT) e Fernanda Pessoa (PR) garantiram as suas assinaturas na proposta da CPI e reclamaram da qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas de telefonia móvel, especialmente no interior do estado. “A população merece, sim, respeito”, ressaltou Fernanda Pessoa.
O deputado Ferreira Aragão (PDT) também reclamou dos serviços das empresas. “Se tivéssemos um presidente como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas, as coisas seriam diferentes. Está faltando autoridade neste País”, reclamou o pedetista.
RW/CG