O parlamentar observou que ninguém acaba com a estiagem, mas qualquer governante pode reduzir os efeitos dela. “Percorri 1.200 km nas estradas do Ceará, no sábado, e pude ver a situação de calamidade que os municípios estão enfrentando”, disse.
Segundo o deputado, municípios como Banabuiú, Orós e Icó precisam de abastecimento de água com urgência. “Não pude ver nenhuma medida emergencial sendo colocada em prática e o gado está morrendo. Vi que no açude de Banabuiú quase não tem água e pude perceber muitas “carroças-pipa”, vendendo água que nem é potável de porta em porta”, afirmou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) salientou que é preciso pensar em soluções. “Não adianta criticar. Precisamos buscar água no sobsolo e pensar em medidas emergenciais. Seca tem e continuará tendo em todos os governos”, frisou.
O deputado José Sarto (PSB) afirmou que o Governo reconhece a dificuldade da quadra não invernosa, mas tem feito e estudado ações. “O Comitê da Seca, instituído pelo Governo, se reúne às segundas-feiras. A Comissão da Seca da Assembleia também está se esforçando por medidas que minimizem a estiagem. Mais de 700 carros-pipa atendem os municípios. Sabemos que ainda é pouco, mas os governos do Estado e Federal, por exemplo, chegaram a quase dobrar o seguro safra para garantir renda mínima aos agricultores”, informou.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) disse que a situação da estiagem se agravou sem a transposição das águas do rio São Francisco. “Estamos assim porque a transposição é esquecida. Volta a ser lembrada, mas depois é esquecida. Cem anos que não fazem essa transposição. Água tem, já que 96% da água do planeta é subterrânea. O que não tem é decisão política”, afirmou.
A deputada Mirian Sobreira (PSB) também se solidarizou com a estiagem no interior do Estado. “Ainda não cavaram nenhum poço do programa Água para Todos. Não existe outra solução se não for cavar poço e fornecer água para a população que está na seca”, salientou.
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