Segundo o parlamentar, candidatos aprovados em concursos de anos atrás estão sendo convocados às pressas para assumir cargos até 31 de dezembro. Isso sobrecarregaria os gastos com pagamento pessoal, conforme Hugo. “Estão chamando até quem já morreu. Estão chamando como quem convoca soldado para confronto bélico. São ações que podem ser legais, mas são amorais, antiéticas e desprovidas do menor carinho, afeto e amor à Fortaleza”, assinalou.
Ele também criticou as 63 licitações em andamento, na reta final do mandato de Luizianne. Fernando Hugo questionou o porquê de elas não terem sido feitas antes. E denunciou a existência de vício na licitação que trata da circulação de vans na Capital e do início de outra dispondo sobre empréstimos consignados.
O deputado discordou ainda do acordo feito pela Prefeitura, na Justiça, para a quitação de dívida no valor de R$ 40 milhões. Ela começaria a ser paga em 2013, na gestão de Roberto Cláudio. Por mês, R$ 1 milhão deveria ser pago. “Como eu passo oito anos devendo e, agora, faço compromissos em cotas milionárias?”, questionou. Na opinião do tucano, a postura é demonstração de falta de maturidade política, decorrente da derrota do PT nas eleições deste ano.
Líder do Governo do Estado na AL, o deputado Sérgio Aguiar (PSB) reforçou o tom de preocupação. “Acende-se o sinal de alerta porque estamos falando da quinta maior cidade do País. Não se pode pensar em inviabilizar uma administração vindoura aclamada pelas urnas. Essas medidas vão comprometer, com certeza, a próxima gestão”, frisou.
LULA E O MENSALÃO
Fernando Hugo também discordou da tese de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tenha ligação com o chamado escândalo do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). “De repente, transformaram o Lula numa figura mítica. Querem sacramentalizá-lo tal qual um Antônio Conselheiro e um Padre Cícero. Porque o dono do PT, o lula, demitiu toda a executiva do Partido quando estourou o escândalo?”, questionou.
BC/AT