Presidente da Associação dos Magistrados, Ricardo Barreto, esteve na Assembleia conversando com parlamentares
FOTO: ANDRÉ SALGADO
Juízes, servidores de Tribunais e deputados estaduais irão se reunir na Assembleia, às 14h30min da próxima terça-feira, 18, para debater o valor destinado ao Poder Judiciário no Orçamento Estadual de 2013. Na manhã de ontem, a diretoria da Associação Cearense de Magistrados (ACM) visitou a Casa, em apelo para evitar novos cortes no setor para o próximo ano. Segundo o presidente da ACM, Ricardo Barreto, o apelo do Judiciário é para que se mantenha o valor previsto para o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ), de R$ 832 milhões. “Precisamos desse valor para construir e renovar fóruns, além de contratar novos servidores. Atualmente, temos carência de 1.600 servidores, mais 146 juízes”, afirma Barreto.
Ele diz ainda que um novo corte, nos moldes do que foi feito no orçamento ano passado, seria “extremamente prejudicial” para o Poder. “Ano passado tivemos cortes de última hora. Nos deixa com certo receio, apesar do diálogo construtivo que temos com o Executivo”, diz.
Barreto cita ainda números do Judiciário cearense: segundo ele, são investidos apenas R$ 87,00 per capita na área, valor inferior à média nacional, de R$ 137,00 por pessoa. “Temos uma estrutura que precisa ser melhorada, e ao mesmo tempo temos uma demanda altíssima”, diz.
DiálogoO encontro da próxima terça-feira será feito através de audiência pública, presidida por Ferreira Aragão (PDT). Segundo o deputado, os parlamentares deverão defender as demandas da ACM. Nos últimos meses, servidores do Judiciário promoveram paralisações em diversos fóruns do Estado. As ações ocorrem em protesto contra possíveis cortes no Orçamento de 2013. Entre outras ações, a manutenção do valor busca concluir a reforma do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. As obras ocorrem desde 2010, ano sem cortes no Orçamento, em demora que foi criticada pela Ordem dos Advogados do Ceará (OAB-CE). Como
ENTENDA A NOTÍCIA
No ano passado, o Governo do Estado anunciou cortes de cerca de R$ 130 milhões no Orçamento para o Poder Judiciário. A ação provocou crise entre os poderes, em processo tumultuado que motivou paralisações do Poder