De acordo com a parlamentar, a falta de celeridade e o trâmite burocrático estão deixando os proprietários de caminhões pipa sem receber pelos serviços prestados, inviabilizando a distribuição de água potável para as comunidades rurais vítimas da estiagem.
Mirian atribuiu a demora ao “descaso” e à “irresponsabilidade”. Ela ponderou que, com toda a tecnologia que o sistema financeiro dispõe atualmente, não é admissível que se gaste tanto tempo para abrir essas contas. “Os funcionários que estão no ar condicionado e têm seu salário devem de ser mais sensíveis”, disse.
Ela acrescentou que a dependência do carro pipa é uma “vergonha, mas uma vergonha necessária” para os pequenos agricultores das comunidades que sofrem com a escassez de água. “Não estou solicitando. Estou cobrando uma explicação pela falta de compromisso”, ressaltou a parlamentar.
Em aparte, o deputado Hermínio Resende (PSL) afirmou que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário e a Ematerce, tem trabalhado para minimizar os efeitos da estiagem, mas reconheceu que o quadro atual é preocupante e parabenizou Mirian pelo pronunciamento.
O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) ponderou que com todos os programas sociais “não vemos retirantes nas estradas, mas ainda vemos o gado morrer”. Segundo ele, a quebra da safra foi 80%, “mas ainda dá tempo de salvar o rebanho”. O deputado Ferreira Aragão (PDT) parabenizou Mirian pelo tema e cobrou mais ações tecnológicas que ajudem no convívio com o semiárido.
DA/AT