Como exemplo, citou o caso recente na cidade de Palhano, onde 11 bandidos dominaram os quatro policiais do município, assaltaram a agência do Banco do Brasil e a cidade ficou totalmente a mercê dos criminosos, conforme afirmou. Os assaltantes, segundo as informações do parlamentar, teriam vindo de estados vizinhos.
Ferreira Aragão defendeu a criação de um cinturão policial nas divisas, de forma a impedir o livre trânsito dos marginais armados no Ceará. O pedetista também pediu o aumento dos efetivos policiais nas cidades que, segundo ele, estão sendo alvo fácil para os marginais.
“Com a criação de um cinturão, os bandidos não poderão migrar para o Ceará. Também é necessário equipar a Polícia com bons armamentos e exigir dos policiais uma postura séria. Bandido não pode vestir farda. O bom policial tem de ser bem remunerado”, frisou. Ele defendeu o controle do efetivo, para que não se repitam casos como os registrados no Rio de Janeiro, onde “os maus policiais estariam sequestrando traficante e exigindo resgate”.
De acordo com Ferreira Aragão, o Estado estaria gastando muitos recursos com segurança, “mas está precisando de uma tática". Segundo ele, a Polícia é ainda insuficiente e precisa de postos avançados nas divisas. “Está na hora de fazer UPPs em Fortaleza. São Domingos, na Colômbia, era a cidade mais violenta da América Latina e se resolveu com a criação dessas unidades. Aqui as delegacias fecham às 5 horas da tarde. O Ronda do Quarteirão virou dupla de Cosme e Damião e a Ronda Escolar foi desativada”, assinalou.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSD) declarou que a Polícia agiu corretamente na ação de Palhano, porém lembrou que as agências do Banco do Brasil são as mais visadas, por razões desconhecidas. Segundo o deputado, é preciso identificar as causas dessa preferência.
O deputado Manuel Duca (PRB) acentuou que há pontos de Fortaleza onde os assaltos se repetem e o policiamento não toma providência para evitar as reincidências. Como exemplo, citou a avenida Expressa. Ele defendeu também o retorno do porte de arma, “para que a população tenha como se defender”.
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