Conforme o parlamentar, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Anel), Romeu Rufino, afirmou, na última terça-feira (4) que a não adesão da Cesp à renovação das concessões do setor elétrico, aliada à recusa já anunciada de três usinas da Ceming, pode fazer com que a redução das tarifas de energia fique aquém da idealizada pelo governo, ou seja, de 20%.
O petista disse que o principal obstáculo à pretensão do Governo Federal para baixar a conta de luz veio das estatais Cesp, Cemig e Copel, respectivamente dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, administrados pelo PSDB, principal partido da oposição ao Governo Federal. De acordo com ele, as três optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas da forma proposta pela União, o que dificultou a meta de reduzir a conta de luz no percentual desejável.
Para Antonio Carlos, a posição conjunta dos tucanos de Minas Gerais e São Paulo foi uma resposta política articulada com a cúpula do PSDB. Nos últimos dois dias, completou ele, os governadores Antonio Anastasia, de Minas; e Geraldo Alckmin, de São Paulo, conversaram e acertaram a decisão de não aderir integralmente na área de geração de energia, só na área de transmissão.
O parlamentar revelou ainda que o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, demonstrou apoio ao modelo energético instituído pela MP 579/12, que reduz o valor das contas de luz, esclarecendo que a MP não institui um novo modelo, mas reafirma o modelo já instituído.
“Que a população fique atenta e fique sabendo que o PSDB colaborou para que a tarifa não fique ainda mais reduzida do que vai ser. Isso é um desserviço à nação brasileira. Uma política que é oposicionismo por oposicionismo e não pensou na população brasileira”, concluiu.
LS/CG