O deputado também condenou a recente proibição de uso de celular por médicos e servidores do Hospital Geral de Fortaleza. “Hoje o equipamento é tão útil para um médico quanto qualquer ferramenta cirúrgica por exemplo”, frisou, considerando descabida a proibição imposta.
De acordo com o parlamentar, as manchetes dos jornais retratam diariamente a realidade de violência e insegurança estabelecida em praticamente todas as regiões do estado. Como exemplo, citou que Fortaleza é hoje a sexta cidade do país em número de assassinatos de jovens e que o índice de assaltos cresceu 18% na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
O parlamentar informou que foi procurado por representantes do município de Caridade que solicitaram a realização de uma audiência pública na cidade, com o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, para discutir o crescimento da violência naquela cidade “que teria atingido níveis insuportáveis”, disse.
Roberto Mesquita ressaltou também informações da presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) sobre os fatores desencadeadores de violência na RMF. De acordo com os estudos da presidente, a criminalidade tem se agravado porque há bolsões de pobreza muito acentuados nas áreas limítrofes entre os municípios que compõem a Região Metropolitana.
“E agora, só depois de seis anos de administração é que o governador diz que a ficha está caindo, que a violência está ligada à droga, sendo este o principal vetor da insegurança”, acentuou Roberto Mesquita.
O parlamentar também frisou que o Tribunal de Contas do Estado determinou a suspensão de repasses do Fecop, por conta de irregularidades. Ele lembrou que quando a criação do fundo foi votada na Assembleia, o PSB, partido do governador, votou contra o projeto. “Agora, o Governo acabou com esse fundo, destinando R$ 300 milhões para as mais variadas secretarias, usados nos mais diversos fins, como pagar bolsistas da Ematerce e financiar bolsas da Funcap”, disse.
De acordo com Roberto Mesquita, no atual governo, para se conseguir a aprovação de um projeto de abastecimento de água precisa de um processo que está contaminado por favorecimentos.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) disse que ficou pasmo ao saber que o secretário de Segurança resolveu proibir à imprensa o acesso à informação sobre óbitos. Já o deputado Antonio Carlos (PT) pontuou que a oposição precisa de vozes para levantar todas as questões citadas “ou teremos uma democracia incompleta”. Para o petista, o Governo do Estado está agindo muito aquém do que a situação exige, principalmente no tocante aos efeitos da seca.
JS/CG