A parlamentar ressaltou que o horário de verão teve início no Brasil na década de 1930 e foi adotado pelo Governo Federal com o objetivo de economizar energia no País entre outubro e fevereiro, quando uma hora no fuso horário local é adiantada. “Norte e Nordeste do País estão fora do horário porque são regiões mais próximas da linha do Equador. Por isso, nestes estados a duração do dia praticamente não muda e não há economia significativa de energia”, explicou.
Segundo a deputada, além de não ter efeitos práticos nos estados próximos à linha do Equador, o horário de verão causa transtornos sérios à qualidade de vida da população. “Não posso deixar de registrar o importante papel do ex-deputado federal Sergio Novais e do atual prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, que quando exerciam mandatos de deputado federal foram importantes lideranças políticas conseguindo acabar com essa medida na região Nordeste”, disse.
Eliane Novais ressaltou ainda que a mudança do relógio biológico provocava um aumento nos índices de violência urbana. “Os trabalhadores precisavam acordar uma hora mais cedo para se deslocar de trem, de bicicleta, de ônibus ou a pé num trajeto ao trabalho feito na penumbra. Além disso, especialistas da área de saúde afirmam que os efeitos da mudança no organismo humano para quem acorda uma hora mais cedo todos os dias vai desde alterações no sono, que podem causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até no metabolismo e o aumento da instabilidade vascular”, salientou.
A parlamentar parabenizou o Governo Federal por mais uma vez não ceder a qualquer tipo de pressão política para que o horário de verão voltasse a vigorar no Nordeste. “Isso demonstra um respeito aos nordestinos e à luta histórica que barrou de vez a medida na Região”, frisou.
MOVA-SE
Respondendo ao questionamento do deputado Heitor Férrer (PDT), Eliane afirmou que o MOVA-SE procurou a Assembleia para se pronunciar a respeito do assunto. “Quero lembrar ao deputado Heitor que o MOVA-SE procurou sim nosso mandato para realizar audiência pública, mas a Casa do Povo considerou desnecessária”, afirmou.
GM/LF