“A nova grande notícia veio na manchete principal do Diário do Nordeste: 'Ceará é o segundo em doações de órgãos efetivos no Brasil'. Superamos São Paulo. O Ceará já tem 22 doadores por grupo de um milhão da população. Quase o dobro de doadores, se comparado com a média nacional, que é de 13 por grupo de um milhão. Só perdemos para Santa Catarina. Estamos na frente do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul”, assinalou o deputado.
Apesar do avanço, o parlamentar disse que nem todo cearense se conscientizou ainda da importância da doação de órgão. Trinta e quatro por cento das famílias consultadas responderam não à doação. “Este percentual chega a 65% no Brasil, o que é lamentável. A nossa taxa de negativa familiar ainda é muito alta. Os países mais conscientes são Espanha e Portugal. O Brasil ainda ocupa o oitavo lugar no mundo em doação de órgão”, acrescentou.
Welington Landim considerou também que o Ceará tem um grande potencial de crescimento de cirurgias, principalmente a partir da Campanha Doe de Coração, iniciada pela Unifor, que hoje tem o apoio de toda a imprensa e da sociedade cearense.
O crescimento do número de doações reflete no aumento de transplantes. Em 1988, foram 173. Em 2012, esse número evoluiu para 1.037, dados de ontem (05/11), conforme salientou o deputado. “Em 2008 e 2009, o Ceará ficou em primeiro lugar em número de transplantes por grupo de milhão da população. No primeiro semestre de 2012, o Estado registrou quatro transplantes de coração por milhão da população, figurando em segundo lugar no Brasil, depois do Distrito Federal, com 7,8 transplantes, e à frente de São Paulo (1,9), de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes”, pontuou.
Segundo o parlamentar, o recorde de transplantes de coração no Ceará foi registrado em 2008, com 31 cirurgias. “Em 2012, o Estado registra a segunda melhor marca da história, com 27 transplantes de coração realizados, mais que os 25 de 2009; os 16 de 2010 e os 25 de 2011”, informou.
Welington Landim criticou ainda o fechamento do hospital Santo Inácio, de Juazeiro do Norte, que também realizava transplantes de rim e de córnea. "A atual administração municipal fechou o hospital, coincidentemente, quando foi inaugurado o Hospital Regional do Cariri”, observou.
Apesar do fechamento do Santo Inácio, explicou o deputado, a Secretaria de Saúde do Estado está agilizando a inauguração de outros dois hospitais para captação de órgãos: o Hospital Regional do Cariri, que já realiza procedimentos, e o Hospital Regional da Região Norte, em Sobral, que deverá começar o trabalho em dezembro. “O Governo do Estado está trabalhando para que estes dois hospitais sejam transformados também em centros transplantadores, além de captadores” frisou.
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