Ferreira se disse preocupado com o futuro dos próximos pleitos. “Preocupo-me com 2014 e 2016, porque vem piorando a metodologia de conseguir votos. Nós somos reflexo do eleitor. Estamos aqui porque alguém nos mandou para cá. O Legislativo vai piorar se o eleitor não melhorar”, avaliou.
Para o pedetista, os maus quadros dos legislativos são reflexo de práticas como a compra de votos. “O eleitor reclama do político. Mas o eleitor também tem que melhorar sua escolha e não ser levado pelo agradinho ou a esmola que a turma dá na época de eleição. Será que não tem eleitor comprado neste País? Ora, como tem. Tem gente que se vende por qualquer trocado”, lamentou.
Na opinião de Aragão, o fato de Fortaleza ser a quinta maior capital brasileira exige do Parlamento uma composição qualificada. “Mas não sei onde vamos parar, porque só piora a cada eleição. Uma cidade tão importante e uma representação medíocre em boa parte. Gente sem qualidade e compostura para ser vereador. O Legislativo não é carnaval. É política. E vai fazer lei pra melhorar a vida do povo”, considerou.
Em aparte, o deputado Moésio Loiola (PSD) frisou o papel do Poder Executivo. “Não há Legislativo forte se o Executivo não demarca área e não der o exemplo”, comparou, analisando o desfecho da eleição majoritária de Fortaleza. “Em Fortaleza, ganhou quem teve mais segurança na condução do projeto. A segurança transmitida pelo candidato do PSB foi extraordinária. Você via pouco contraditório. O que havia do outro candidato era uma espécie do 'eu vou fazer tudo'”, disse.
Loiola ponderou quanto as duras críticas à nova composição da Câmara de Fortaleza. “Surpreendi-me com o nível de alguns, que são talentosos. Mas parlamento é isso: é a contradição dos segmentos; é a união dos segmentos em todas as suas contradições”, pontuou.
BC/CG