Ítalo é filho de um trabalhador que recebe pouco mais de um salário mínimo por mês. Tem dez anos. Para a burocracia, é apenas mais um menino, filho de assalariado. Nem CPF tem ainda. Ele é portador de diabetes mellitus tipo 1 (DM1), doença autoimune – quando as células de defesa atacam o próprio organismo e destroem algum órgão. No caso da DM1, o pâncreas é atacado e deixa de produzir insulina. Para viver, Ítalo, assim como outras crianças, depende de várias aplicações diárias de insulina e de outros chamados ‘insumos’ para diabéticos (tiras reagentes, glicosímetro, seringas, lancetas e agulhas). Em alguns estados brasileiros os meninos com diabetes recebem, gratuitamente, como primeira opção de tratamento, os análogos de insulina…