Fortaleza, Sábado, 16 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

Coluna Política - QR Code Friendly
Sexta, 19 Outubro 2012 07:01

Coluna Política

Avalie este item
(0 votos)
    Para além da aprovação e da desaprovação A avaliação da prefeita Luizianne Lins (PT) foi o fator determinante para o fim da aliança entre PT e PSB e, também, para compreender a chegada de Elmano de Freitas (PT) ao segundo turno. Em função do desgaste que as pesquisas apontavam antes da campanha eleitoral, o governador Cid Gomes (PSB) defendeu que o candidato escolhido para representar a então aliança, mesmo indicado pelo PT deveria “inspirar na população” o “sentimento de mudança”. Justamente a ideia central na qual aposta o candidato do PSB neste segundo turno. Na última vez que o Datafolha aferiu a avaliação de Luizianne antes do início da campanha, em novembro de 2010, a prefeita tinha o impressionante índice de 50% de avaliação ruim ou péssima. Já os que consideravam sua gestão como ótima ou boa eram 22%. Esse diagnóstico desolador foi determinante na condução das articulações. No começo da campanha, a aprovação da prefeita estava em patamar ainda inferior: 20%. Mas a boa notícia para ela era que as avaliações ruins ou péssimas haviam caído 11 pontos percentuais e chegado a 39%. Já a quantidade de eleitores que consideravam o desempenho regular saltara de 27% para 40%. Com a campanha na rua, a avaliação da prefeita teve contínua melhora. Agora, pelos números do Datafolha que O POVO divulga hoje, a avaliação positiva parou de subir pela primeira vez desde julho. Mas as opiniões negativas seguiram em queda: 30% para 26%. A propaganda de Elmano apostou na superexposição de Luizianne. A mesma receita fora usada na reeleição da própria prefeita, em 2008, quando a opinião sobre a gestão era considerada muito ruim no início, mas melhorou gradualmente com a propaganda no rádio e na televisão. Mesmo assim, apesar da recuperação, o curioso é que a avaliação da Prefeitura não é das melhores. O percentual dos que consideram a gestão ruim ou péssima está tecnicamente empatado com aqueles que a julgam ótima ou boa. Ainda assim, Elmano está cinco pontos à frente de Roberto Cláudio (PSB) no Datafolha, situação que configura empate técnico. O resultado se deve ao fato de a votação do petista alcançar, neste segundo turno, mesmo os eleitores que não têm opinião das mais favoráveis sobre o trabalho da prefeita. Parte da explicação – mas não toda ela – pode estar no apoio de Lula. Mas a questão se torna ainda mais intrigante diante da avaliação do governador Cid Gomes em Fortaleza. Ela começa a campanha com 45% de ótimo e bom e já atingiu os 54%. O conceito ruim ou péssimo é atribuído por 12% dos eleitores da Capital. Ou seja, o trabalho de Cid é bem visto por quantidade muito maior de fortalezenses que o de Luizianne. Mas essa diferença não se refletiu, até agora, na votação de Roberto Cláudio em relação a Elmano. A INFLUÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADOOs resultados da avaliação dos governos mostra que a eleição de Fortaleza não se transformou em plebiscito da gestão Luizianne contra a administração de Cid Gomes. E aí tem se refletido fator histórico, segundo o qual o apoio da máquina municipal tem tradicionalmente mais peso que a estadual em eleições na Capital. Como a coluna lembrou dia desses, dos cinco últimos pleitos, em quatro o candidato de situação saiu vencedor. Mas também é verdadeiro que os governadores que antecederam Cid raramente tiveram avaliações tão favoráveis por parte dos eleitores da Capital. O que está em dúvida é a capacidade de usar esse trunfo para influenciar o voto. Em 2008, Luizianne foi reeleita com o apoio do governador, mas também do Governo Federal, além de ela própria ser a prefeita. Antes disso, a última vez em que o Governo do Estado havia sido protagonista numa eleição vitoriosa em Fortaleza havia sido em 1988. O governador era Tasso Jereissati e o prefeito eleito, Ciro Gomes. A escrita só seria quebrada em 2008. Nesse intervalo, prevaleceu a escrita de que o eleitor de Fortaleza é reativo ao acúmulo de poderes nas mãos do mesmo grupo - mote aproveitado pela candidatura petista, em particular neste segundo turno. Tal sentimento ganhou forma orgânica, pela primeira vez, na própria eleição de 1988. Ao sair vitorioso, Ciro derrotou Edson Silva e o movimento “Fortaleza sim, Cambeba não” - em referência ao bairro que passara a abrigar a sede administrativa do Governo do Estado. Tal mote teve força enquanto a avaliação dos governadores na Capital estavam em baixa. Cid já conseguiu feito inédito de levar o candidato da administração estadual para o segundo turno. Mas, até agora, a vantagem de sua avaliação em relação à de Luizianne não conseguiu se reverter em vantagem correspondente para Roberto Cláudio. Terá pouco mais de uma semana para conseguir isso.
Lido 2601 vezes

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500