Briga no Aliança
O partido do presidente Jair Bolsonaro, fundado, mas ainda não oficializado, começa no Ceará com briga entre os seus primeiros participantes. Disputas são compreensíveis em qualquer atividade coletiva, principalmente em se tratando de partido político onde a unanimidade, quando se trata de cargos, é difícil de ser encontrada. No caso dessa batalha, o que mais chama à atenção são as diferenças absurdas entre os que aspiram à presidência estadual do partido. O primeiro nome a emergir como pretendente foi o de Manuel Linhares, empresário presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, filho de Crateús e reconhecidamente alguém que poderia assumir essa responsabilidade face ao seu comportamento equilibrado. Seu nome dispensa comentários, dada a sua competência e respeitabilidade, pelo que tem sido insistentemente citado como preferido do setor para ocupar o Ministério do Turismo. O outro pretendente à direção da Aliança no nosso estado é o deputado André Fernandes, do PSL. Ele mesmo, acreditem! Assim como Manuel Linhares, André também dispensa comentários. Só que em sentido contrário, dado o seu comportamento antiético ao protagonizar um dos mais lamentáveis episódios na Assembleia Legislativa, o que evidencia o seu despreparo para comandar uma agremiação organizada para ocupar o poder político, com maturidade e o bom senso, pré-requisitos que lhe faltam, desaconselhando a sua escolha. Mas, em se tratando de Bolsonaro, equilíbrio e bom senso são valores desconhecidos…
Talentos da casa. Vai tramitar na reabertura dos trabalhos da Câmara dos Deputados, projeto de lei de autoria do deputado Roberto Pessoa (PSDB), que vai mexer com a estrutura de grandes eventos de arte e cultura. Segundo a proposta, os promotores desses eventos ficarão na obrigação de contratar talentos locais, em vez de artistas caríssimos de fama nacional e internacional, sem compromissos com os nossos valores e a nossa cultura.