Abolição ensina a produzir
O final das atividades da Assembléia Legislativa, se não trouxe recorde de produção, foi aceitável no que concerne a qualidade das matérias da lavra do Poder Executivo. No caso das proposituras de deputados, justificam-se as queixas sobre a limitação dos espaços que eles dispõem para legislar, desde a Constituição Federal de 1988. Por conta, em vez de projetos de lei e PECs, eles se apegam a projetos de indicação, votos de louvor, nomes para obras etc. Livre desse atraso, o Poder Executivo, ou mais precisamente o governador Camilo Santana, teve um ano profícuo com propostas importantes e urgentes direcionamentos. Para se ter idéia dessa proficuidade, foram 150 mensagens enviadas à Alce, um recorde, sendo que 145 delas foram apreciadas e aprovadas, três tramitam e duas serão lidas na reabertura dos trabalhos. O Governador e sua equipe palaciana elaboraram projetos relativos às necessidades de setores como meio-ambiente, agricultura, saúde, infância, juventude, educação, turismo, economia, segurança pública, além de projetos de apoio às gestões municipais.
Não há como negar a criatividade do time do Palácio Abolição.
Uma boa iniciativa. Ontem, em decisão colegiada, o TSE determinou, para o decorrer deste ano, a realização de ampla campanha nacional com o objetivo de incentivar uma maior participação das mulheres na política em todo o território nacional. Os objetivos da campanha coincidem com pontos de vista da deputada Érika Amorim, que defende a mulher como candidata e não apenas como figurante e cabo-eleitoral.
Exemplo. Se a equipe econômica federal desistir da intenção de encerrar as atividades do FUNDEB, muito se deverá à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Ceará, presidida pelo deputado Queiroz. Com permanente vigilância ele tem diligenciado seguidas reuniões em defesa desse recurso crucial para a educação básica
Preocupante. É alarmante para os brasileiros, diz o deputado Leônidas Cristino, a rejeição da sociedade aos poderes constituídos. Os 39% ao Governo Federal se justifica pela falta de objetividade. Mas a rejeição com o mesmo percentual, ao STF, guardião da Justiça, é o pior sinal de alarme para todo o País.