Parada pela Diversidade Sexual de Fortaleza acontece tradicionalmente na avenida Beira Mar
(Foto: Evilázio Bezerra/ O POVO)
O Projeto de Lei (PL) Nº 388/19, que inclui a Parada pela Diversidade Sexual no calendário oficial de eventos do Estado, foi aprovado em plenário da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 19. De autoria do deputado Elmano Freitas (PT), o PL é o primeiro a ser votado neste dia, que também tem a concessão de cidadania cearense da ministra Damares Alves em pauta. Agora, segue para sanção do governador Camilo Santana.
O projeto de Elmano foi aprovado com 18 votos a favor, 12 contra e uma abstenção, gerando debate acalorado entre deputados de perfil conservador. "Espero que a Assembleia tenha altivez. Mais do que tudo, tenha sensibilidade com a população LGBT, que é muito bem lembrada na hora de pedir voto. Espero que seja lembrada na hora de reconhecê-la como cidadãos e cidadãs cearenses", defendeu o petista.
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Confusão
A votação foi marcada por diversos embates, principalmente por parte da bancada conservadora. Acompanhada de diversos pastores, a deputada Silvana afirmou que a Parada é um ataque à fé cristã e afirmou que os argumentos utilizados por Elmano para defender a marcha são "fracos e juvenis". Ela também relembrou "ataques" feitos por participantes do evento contra símbolos religiosos e o não cumprimento da lei quanto a esse tipo de agressão.
Já o deputado Vitor Valim (PROS), que votou a favor da Parada, mas reforçou a critica de Silvana quanto ao uso "desrespeitoso de imagens religiosas". "Todos nós somos iguais perante a lei. A 'Parada Gay' existe como um segmento da população e isso quer dizer que todos nós somos iguais, então nós também temos que respeitar a fé de quem quer que seja", afirmou. Ele também reforçou a ideia de implementar uma emenda para evitar que esse tipo de situação ocorra.
O debate também foi marcado por bate-boca entre Elmano e Apóstolo Luiz Henrique (PP). Durante a discussão, o petista chegou a definir como "imundície" o que era defendido por Apóstolo, pedindo para que o mesmo respeitasse a comunidade LGBTQI+.
Com informações do repórter Carlos Holanda