ZEZINHO diz que LOA está dentro da expectativa da taxa de inflação e do crescimento econômico
MÁXIMO MOURA/ ALCE
Passada a eleição para deputados, a Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) se volta para as demandas internas. Nas próximas semanas, a discussão e votação do orçamento do segundo governo Camilo Santana (PT) deve ocupar os parlamentares.
Apesar da "prioridade" para a execução da pauta, o projeto de lei ainda não está sendo discutido na Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação nem o relator foi designado.
O presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), adianta que "o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019 está dentro das expectativas da taxa de inflação e de crescimento econômico", mas que "gostaria de destacar o investimento que vai continuar sendo muito importante dentro do orçamento".
O governista Sérgio Aguiar (PDT) afirma que o projeto vai ser "a grande consolidação do governo Camilo", que tem foco nos investimentos do hub portuário e aéreo, além da siderúrgica.
"A prioridade é fazer com que haja um aumento da atividade econômica do Estado do Ceará baseado nos vetores da siderúrgica, de desenvolvimento do turismo e também com a logística do Porto do Pecém. Sem esquecer que a indústria está interagindo com essas ações", declarou.
Parlamentar de oposição ao governador, o deputado reeleito Heitor Férrer (SD) admite que ainda não teve acesso ao que foi encaminhado pelo Palácio da Abolição. De acordo com Heitor, no entanto, a experiência como deputado não lhe dá boas expectativas do porvir na discussão do destino dos recursos e da aplicação das emendas.
"Pela minha experiência é o seguinte: o orçamento é aprovado pelo governo do jeito que entra. Porque a base de sustentação, a pedido do governo, não muda nada da peça orçamentária", reclama.
As emendas, segundo ele, não são atendidas no ano vigente pelo gestor, principalmente quando são indicadas pela oposição. "São aprovadas 500 emendas, porém inócuas e não executadas. Por exemplo, eu coloquei no ano passado um orçamento para o laboratório da UFC, a pedido dos professores, mas nunca foi executado", diz. "É uma farsa", completa.
Além da discussão e aprovação do orçamento para 2019, a Assembleia deverá discutir a eleição para a presidência da Casa no próximo biênio. O retorno aos trabalhos ainda segue em ritmo lento desde o resultado do 1º turno da eleição.
WAGNER MENDES