Enquanto em Pernambuco, operários já se revezam 24 horas por dia em canteiros de obra, aqui no Ceará o projeto de transposição do Rio São Francisco continua parado. No trecho que vai de Jati, a 524 km de Fortaleza, a Verdejante (PE), o chamado Lote 4, o consórcio de empreiteiras responsável e o governo estão negociando sem sucesso, desde junho de 2011, novos valores para dar continuidade à obra. O Lote 5, que sai de Jati até Brejo Santo, cidade a 510 km da Capital, está em processo de licitação e já possui proposta vencedora da empresa Serveng Civilsan.
O Lote 6, em Mauriti, no extremo sul do Estado, está em auditoria pelo Ministério da Integração Nacional em parceria com a Controladoria-Geral da União. Após a conclusão da auditoria, a pasta vai analisar se permanece com o consórcio que envolve a Delta Construções, empresa implicada no caso de tráfico de influência do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Segundo o deputado estadual Wellington Landim (PSB), que tem viajado periodicamente aos canteiros de obras, o último Lote, o 14, que de Mauriti chega à cidade de Monte Horebe (PB), está em “execução mínima” apenas no trecho paraibano, onde é construído um túnel ligando o Ceará ao Estado vizinho. Não há previsão para a retomada das obras.
O Ministério, em nota oficial, afirma que, dos 16 lotes existentes ao longo de todo o trajeto da transposição, apenas nove estão em atividade. Os trechos cearenses devem ser terminados no segundo semestre de 2014.
O Lote 5, em que serão construídos seis reservatórios e ampliado outro já existente na região, custará R$ 518,07 milhões, um dos mais caros.
“Não cumprir o cronograma leva a uma situação muito difícil, na medida em que parada a obra vai ficando mais cara”, afirma Landim. O projeto, inicialmente no valor de R$ 4,6 bilhões, hoje vale R$ 8,2 bilhões aos cofres públicos. ENTENDA A NOTÍCIA
Em Pernambuco, operários já se revezam 24 horas por dia para concluir no prazo as obras de transposição do rio São Francisco. No Ceará, os canteiros de obras estão parados. Governo Federal admite descompasso. Número
12 milhõesÉ o número estimado de pessoas que a obra deve atender, segundo o Governo