A oposição, ainda que pequena, reagiu ontem, no plenário da Assembleia Legislativa, ao que chamou de “cooptação” após a perda do PSD para a base do governador Camilo Santana (PT). Em forma de protesto, os deputados estaduais Ely Aguiar (PSDC) e Roberto Mesquita (Pros) levaram ao púlpito vidros de óleo de peroba na tentativa de ironizar a “traição” política.
“Nós precisamos usar essa tribuna para fazer com que o óleo de peroba venda menos, para que os homens públicos não sejam como marinheiros que deram origem à expressão cara de pau”, criticou o deputado Roberto Mesquita (Pros).
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) disse que o que restou foi a “verdadeira oposição”. “É uma oposição verdadeira, única, não é aquela oposição que fica pulando de lado. Pelo menos meu pai Roberto Pessoa, Tasso e Wagner, desde o início, sempre fomos oposição e não ficamos mudando de lado dependendo da situação para beneficiar a si próprio”.
Carlos Matos (PSDB) falou em “purificação” da oposição após as saídas de MDB, SD e PSD. “Alguém que muda radicalmente a posição política da noite para o dia ganhou o quê?”, questionou.
Fazendo oposição à esquerda, o deputado Nestor Bezerra (Psol) não estranhou a mudança de lado de partidos. Ele diz que “os deputados estão preocupados em eleger os seus”. “Essa é a preocupação deles. É uma questão fisiológica”, ressalta. (Wagner Mendes)